Morning call: Ibovespa busca 3ª alta seguida na semana com bateria de dados econômicos

Grandes investidores podem voltar a tomar risco na bolsa, após dados econômicos indicarem dose menos intensa de aperto monetário nos EUA. Entenda

Bolsa brasileira depende apenas do cenário doméstico para ter alta após abertura do mercado. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Bolsa brasileira depende apenas do cenário doméstico para ter alta após abertura do mercado. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Faltando ainda duas sessões para o fechamento de agosto, o Ibovespa busca a 3ª alta seguida na semana, com bateria de dados econômicos no radar do investidor.

Nas últimas seis sessões, desde o dia 22 de agosto, o principal índice da bolsa alternou-se entre ganhos duplos e perdas duplas, obtendo assim quatro das cinco altas desde 1º de agosto, após ter enfileirado quedas em todas as sessões do mês até o último dia 17.

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Apesar da extensão das perdas que se sucederam na maior parte do mês, a dimensão do ajuste negativo foi discreta, limitada agora a 2,90% em agosto.

A semana ainda contará com uma bateria de dados econômicos, aqui e lá fora, com divulgação de inflação e desemprego nos Estados Unidos e PIB do segundo trimestre no Brasil. Eventos que podem favorecer as negociações na bolsa.

A política doméstica também não sai dos holofotes. Na terça-feira, houve o envio do projeto de lei e de uma medida provisória com o objetivo de aumentar a arrecadação – uma tributando fundos offshore e outra aumentando a tributação sobre fundos exclusivos.

O mercado fez leitura positiva sobre a busca do governo por mais receita, mostrando certo compromisso com a estabilidade fiscal.

Na cena externa, dados de atividade mais fracos nos Estados Unidos voltaram a dar força à hipótese de que a maior economia do mundo pode precisar de uma dose menos intensa de aperto monetário para recolocar a inflação na meta. Como efeito, houve queda dos rendimentos dos títulos do governo dos Estados Unidos, os Treasuries, o que abriu espaço para ativos de risco. No Brasil e nos Estados Unidos, os índices de ações fecharam em alta na terça-feira (29).

O número de vagas de trabalho em aberto na economia dos EUA caiu para 8,8 milhões em julho, de 9,582 milhões em junho. Além disso, o índice de confiança do consumidor americano caiu para 106,1 pontos em agosto, segundo o Conference Board, bem abaixo da estimativa de 116 pontos.

Dados sugerem possibilidade de pouso suave da economia americana, o mercado antecipou de junho para maio de 2024 sua previsão majoritária para o primeiro corte de juros nos EUA.

Agenda econômica da quarta-feira, 30 de agosto

  • 08h: IGP-M de agosto (Ibre-FGV)
  • 08h: Sondagem de Serviços e do Comércio de agosto (Ibre-FGV)
  • 09h30: PIB dos Estados Unidos do 2º trimestre (2ª estimativa)
  • 22h30: PMI Composto e Industrial de agosto na China

Bolsas da Ásia fecham na maioria em alta

Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão em geral positivo nesta quarta-feira, 30, mas Xangai ficou bem perto da estabilidade. A perspectiva de menos aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ajudou em várias praças, enquanto na China foram monitoradas declarações da secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, durante visita ao país.

O índice Nikkei fechou em alta de 0,33% em Tóquio, em 32.333,46 pontos. O movimento na bolsa japonesa ocorreu após ganhos ontem em Nova York, com a avaliação entre investidores de que o Fed pode ser menos duro na política monetária, após dados americanos fracos da terça-feira. Entre ações em foco no mercado japonês, Mitsubishi Heavy Industries subiu 2,8% e Kyocera, 2,3%.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,04%, em 3.137,14 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,37%, a 2.049,15 pontos. Riscos geopolíticos estiveram em foco, após Raimondo dizer que ouve de empresas sobre dificuldades de investir na China, diante de grandes riscos nesse mercado. A perspectiva de mais estímulos oficiais seguia como foco importante, e Guanghou, no sul do país, se tornou a primeira grande cidade a anunciar um relaxamento em restrições a hipotecas, a fim de apoiar a atividade. Fabricantes de software se destacaram em Xangai, com Beijing Kingsoft Office em alta de 2,6% e iFlytek, de 6,5%. Já o setor financeiro em geral mostrou sinal negativo, com East Money Information em queda de 2,7% e Bank of China, e 1,05%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,01%, a 18.482,86 pontos. As tensões geopolíticas entre EUA e China estiveram no radar, bem como a chance de mais estímulos de Pequim à atividade. Entre ações em foco, Meituan caiu 2,3% e Kuaishou Technology, 5,4%.

Com informações do Estadão Conteúdo

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