IF Hoje: Tom da ata do Copom vai dizer qual será a direção dos mercados locais nesta terça

Ata do Copom vai mostrar se o tom duro do comunicado será mantido, ou se aliviará, como ocorreu na penúltima reunião, em movimento de morde e assopra

Os mercados locais terão o ritmo ditado pelo tom da ata da última reunião do Copom, que será divulgada às 8h, antes da abertura das negociações, dando tempo para que os investidores possam ler e interpretar, com mais detalhes, as intenções do Banco Central para a condução da política monetária do país.

Na penúltima reunião do Copom, a primeira sob o governo Lula, em fevereiro, o tom do comunicado – carta que sai junto da decisão – também foi duro, mas a ata, uma semana depois, saiu mais dócil e acalmou os ânimos do mercado.

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Na última decisão, no dia 22 de março, que manteve a taxa em 13,75%, o comunicado – mesmo diante de uma inflação em desaceleração, crise bancária internacional e próximo do anúncio de um plano fiscal – não indicou viés de queda e ainda deixou a entender que poderá manter as taxas altas por um longo período.

A dureza do Banco Central foi criticada por muitos analistas, que viram um tom “político” na carta, como uma espécie de resposta às criticas recebidas por parte do governo. Após o comunicado, a bolsa desabou e perdeu o suporte dos 100 mil pontos.

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100 mil pontos

Embalado pelo alívio externo após a perspectiva de que a crise bancária seja assunto superado, o Ibovespa chegou a bater na trave dos 100 mil pontos ontem. Hoje, caso o movimento tomador de risco continue, deverá recuperar o patamar perdido na última semana.

Crise das MPs

Os presidentes das duas Casas que compõem o Congresso, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, se reuniram ontem para por fim ao impasse da aprovação das Medidas Provisórias enviadas pelo governo que correm o risco de expirar, caso não sejam apreciadas e votadas até 1º de junho.

A expectativa é de que até sexta-feira (31) Câmara e Senado cheguem a um acordo sobre a tramitação das medidas provisórias. A Câmara quer manter o rito atual, iniciando pela Casa Legislativa, mas o Senado quer retomar o início da análise pelas comissões mistas.

Agenda do dia

Banco Central do Brasil divulga a ata do Copom às 8h. A ata, que é o documento mais detalhado das discussões, pode trazer um tom mais ameno e moderar o mercado.

Itália e França divulgam pesquisas de confiança do consumidor e confiança empresarial referentes ao mês de março.

Nos Estados Unidos, será divulgado o Índice Redbook, que explica o crescimento das vendas ponderado por vendas ​​de ano a ano, nas mesmas lojas, em uma amostra de grandes varejistas americanas de mercadorias gerais que representam cerca de 9.000 lojas.

Os EUA também divulgam sua balança comercial de fevereiro, índice de preços de imóveis e confiança do consumidor.

Balanços do dia

No Brasil, balanços de diversas small caps: Oncoclínicas, Dasa, Boa Vista, Ambipar, Multilaser, Qualicorp, Even, Heringer, Light, Cruzeiro do Sul, Kora Saúde, Melnick, IMC, Gafisa, Helbor e Traders Club.

Mercado ontem

Os investidores abriram a semana atentos ao governo, com a expectativa de que o novo arcabouço fiscal seja anunciado ao longo desta semana, após o adiamento da viagem de Lula à China, bem como as indicações para a diretoria do Banco Central.

Lá fora, o que pegou foram os desdobramentos em torno da crise bancária e as ações dos EUA para evitar que a situação piore no país.

Apesar de tudo, o movimento foi majoritariamente positivo, especialmente nos mercados brasileiros, com bolsa em alta, dólar e juros futuros em queda.

Entre as commodities, os contratos do petróleo Brent – utilizado como referência de preços pela Petrobras – fecharam em alta de 4,25% em Londres, a US$ 77,76 o barril, após seguidas quedas na última semana.

O Ibovespa fechou em alta de 0,83%, aos 99.652 pontos, chegando muito próximo dos 100 mil pontos ao longo do dia. O dólar fechou em queda de 0,83%, cotado a R$ 5,2065.

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