IF Hoje: Lula, Haddad e Rui Costa terão reunião ‘definitiva’ sobre arcabouço fiscal e texto pode ser divulgado ainda hoje

Entre os indicadores, três merecem destaque: Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o índice de inflação ao produtor (IPP) de fevereiro e o índice de evolução do emprego pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após dois pregões positivos, o mercado brasileiro vai trabalhar nesta quarta-feira (29) na expectativa da divulgação do texto do arcabouço fiscal, após uma reunião entre o presidente Lula e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, acerca do tema, tratada como “definitiva” por Haddad.

A expectativa pelo texto da nova regra fiscal é grande desde o início do governo e aumentou após o carnaval. O que o mercado espera do projeto é que haja mecanismos que impeçam o governo de elevar sua dívida de maneira que ela fique insustentável, que seja necessário pagar juros cada vez mais altos e que a inflação perca o controle.

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Já a ala mais à esquerda do governo espera que o texto seja mais permissivo com investimentos sociais, financiamento de programas, investimentos em infraestrutura e outros meios de fazer o estado fomentar o crescimento econômico.

O trabalho de Haddad e equipe econômica foi tentar equilibrar as expectativas para entregar ao Congresso um texto mais “justo” possível. Segundo membros do governo, debates não faltaram, e o texto será capaz de agradar a maioria.

Impasse das PECs

Além da questão fiscal, o governo aguarda pelo fim da disputa entre Câmara e Senado no que diz respeito às formações das comissões, uma disputa que opôs Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que buscam garantir maior relevância na cena política.

A disputa pode prejudicar o governo na apreciação e votação de Medidas Provisórias editadas pelo governo, que têm vencimento em 120 dias, e podem perder efeito caso não sejam votadas nas duas Casas Legislativas.

Segundo notícias da noite de ontem, Lira e Pacheco se reuniam para resolver a questão e desenhar o modelo ideal de cada comissão. Lira quer maior participação dos deputados, Pacheco quer igualdade entre deputados e senadores.

Agenda do dia

No Brasil, três indicadores importantes. Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o índice de inflação ao produtor (IPP) de fevereiro, e o índice de evolução do emprego pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O Relatório de Inflação apresenta os objetivos, limitações e medidas de política monetária do Banco Central, resultados de decisões passadas, cenários para medidas futuras e avaliação prospectiva do comportamento da inflação.

Itália divulga sua taxa de desemprego mensal referente ao mês de fevereiro, com projeção de redução de 7,9% para 7,8%.

País também divulga sua balança comercial fora da União Europeia.

Reino Unido divulga a ata da reunião do Bank of England que decidiu elevar a taxa de juros na semana passada.

Nos Estados Unidos haverá divulgação do relatório de produção, estoque, vendas e importação de petróleo e de seus derivados. Lá também serão divulgados os dados de vendas de novas moradias e o índice de pedidos de hipotecas.

Balanços do dia

Equatorial Energia, Celesc, Orizon, Veste, Agrogalaxy, Mobly, GP Investments, Lupatech, Nexpe e a estrela da noite, talvez da temporada, a Americanas.

Mercado ontem

Em recuperação desde segunda-feira, ontem a bolsa esteve no campo positivo do início ao fim do pregão, retomando o suporte de 100 mil pontos e com apetite por risco com suporte dos preços das commodities. Nem a ata do Copom atrapalhou o movimento de recuperação.

O dólar fechou em queda, a R$ 5,16, mas as taxas de juros futuros apresentaram comportamento divergente e fecharam em alta, especialmente na ponta longa, dando a entender que não acreditam no controle da inflação.

Hapvida (HAPV3) foi o grande destaque do dia. A empresa voltou ao foco depois de informar que está analisando a realização de um follow-on (oferta pública subsequente de ações ordinárias) e que a família Pinheiro, controladora da companhia, pretende participar da operação, colocando R$ 360 milhões. As ações da companhia dispararam 18,47%.

Entre as commodities, o contrato para maio do minério de ferro terminou em alta de 1,7%, aos 881,50 yuans (cerca de US$ 128) a tonelada. As ações da Vale (VALE3) subiram 1,06% e ajudaram na alta do Ibovespa. CSN (CSNA3) avançou 4,12%, Usiminas (USIM5) subiu 3,17% e Gerdau (GGBR4) teve leve avanço de 0,36%.

O petróleo Brent – referência de preços para a Petrobras – fechou em alta de 0,49% em Londres, a US$ 78,14 o barril. PETR3 subiu 1,73%, enquanto PETR4 avançou 1,77%.

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