IF Hoje: depois de um dia de quedas, mercado deve ficar na defensiva

Investidores devem adotar estratégia mais cautelosa

Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O primeiro dia de pregão no Brasil (2) foi marcado por muita tensão no mercado de capitais, com quedas expressivas em duas das principais ações: Petrobras e Banco do Brasil.

No final do dia, a bolsa fechou em -3,06% e o dólar subiu 1,5%. No caso da cotação da moeda norte-americana, parte da subida é explicada pelos feriados nas bolsas de Nova York e Londres, o que reduziu a liquidez. Hoje (3) é a vez da bolsa do Japão não funcionar.

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A desconfiança dos investidores veio na esteira dos discursos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a sessão solene no Congresso, no qual ele reiterou a convicção do Estado como indutor de crescimento e deixou de fora reverências a demandas dos agentes do mercado financeiro.

O mesmo não aconteceu quando o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez seu discurso de posse, também na segunda-feira. A fala de Haddad foi bem recebida pelos analistas, que cobraram ações concretas em relação à política fiscal.

Nesta terça, o mercado deve passar por um rescaldo e, o que é mais provável que aconteça é uma reação positiva da bolsa brasileira – até porque os papéis ficaram baratos.

De toda forma, o senso comum entre os analistas é que os investidores foquem em ações defensivas, que é uma maneira mais conservadora de enfrentar o mercado neste momento.

Ações defensivas são aquelas que de empresas que geram caixa consistentemente e apresentam lucros, mesmo em cenários econômicos complicados. Essas empresas são geralmente procuradas pelo mercado em momentos de dificuldade porque suas ações tendem a ficar estáveis diante de uma turbulência. 

No mercado mundial, vamos ter divulgações importantes, como o PMI inglês e norte-americano. PMI é a a sigla para Purchasing Manager’s Index, que é um indicador que mede a atividade econômica, tomando como base pesquisas mensais. Não é um dado de governos, já que é feito por empresas privadas, mas extremamente relevante como termômetro econômico.

Agenda

  • Índice de preço ao consumidor Semanal nas Capitais, pela FGV
  • Taxa de desemprego na Alemanha
  • PMI Industrial na Inglaterra
  • PMI dos Estados Unidos

Calendário de reuniões do Copom

No final deste mês, teremos a primeira reunião do Copom do ano.

As datas das 8 reuniões foram divulgadas pelo Banco Central:

  • 31 de janeiro e 1º de fevereiro
  • 21 e 22 de março
  • 2 e 3 de maio
  • 20 e 21 junho
  • 1º e 2 de agosto
  • 19 e 20 de setembro
  • 31 de outubro e 1º de novembro
  • 12 e 13 de dezembro.
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