IF Hoje: Brasil divulga dados de emprego e mercado também olha para Opep+ e inflação na Europa
Consenso aponta que o desemprego no Brasil ficará em 8,7% em abril
O mercado opera hoje de olho nos dados de emprego no Brasil, aguardando a pesquisa Pnad Contínua e o Caged, enquanto no exterior espera os dados de inflação pela Europa e as notícias sobre o avanço da negociação do teto da dívida nos Estados Unidos.
As commodities também estão no radar. Ontem o petróleo desabou mais de 4% com a apreensão diante de um não corte na produção pela Opep+ a ser anunciado na reunião do fim de semana. No mercado de minério de ferro, a commodity segue em baixa devido às incertezas com a demanda da China.
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Em relação ao desemprego no Brasil, o consenso aponta que o indicador ficará em 8,7%, com projeções indo de 8,3% até 9,3%.
Segundo análise da Kinitro Capital, a taxa de desemprego deve se manter praticamente inalterada em abril (8,8%), depois de ter subido de 8,6% para 8,8% em março.
No dado dessazonalizado pela Kínitro, a taxa também deve ficar estável, mantendo o patamar de 8,4% do mês anterior (níveis de meados de 2015).
“Esperamos que a população ocupada, em termos dessazonalizados, fique relativamente estável no mês, mas, na série original, continue mostrando ligeiro recuo. Na comparação interanual, deve seguir registrando alta acima de 2,0%. Em termos de rendimento e massa salarial, seguimos com uma perspectiva de dados positivos, desacelerando na comparação interanual, mas ainda em níveis bastante elevados”, afirmou.
Em resumo, o resultado da Pnad deve seguir mostrando um quadro de mercado de trabalho apertado, em linha com os dados de atividade econômica, e com uma abertura sólida, especialmente dos rendimentos.
Agenda
Brasil tem taxa de desemprego (Pnad), além dos dados de emprego pelo Caged e balanço orçamentário
O dia também trás dados importantes de inflação na Europa:
Alemanha tem IPC com projeção de 0,5% em maio e 6,8% em 12 meses
Os alemães vão divulgar os números de desemprego no país, com projeção de 5,6%
França também divulga sua inflação ao consumidor com projeção de 0,4% em maio e 5,7% em 12 meses
Os franceses também divulgarão os dados do PIB e o IPP, inflação ao produtor de abril
Itália vai reportar o IPC e o PIB, assim como Portugal
China divulga o PMI Industrial Caixin de maio
Mercado ontem
O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (30), dia que marcou retorno dos investidores estrangeiros após o feriado de ontem nos Estados Unidos e parte da Europa, repercutindo a queda no preço do petróleo no mercado internacional, além do IGP-M – conhecido como inflação do aluguel – e a retomada das conversas sobre o teto da dívida nos Estados Unidos.
O principal índice da bolsa fechou o dia em queda de 1,23%, aos 108.980 pontos, enquanto o dólar subiu 0,60%, para R$ 5,0423.
Em Londres, o petróleo Brent -referência de preços para a Petrobras – fechou em queda de 4,40%, negociado a US$ 73,70 o barril, pressionando os ativos ligados à commodity.
O desempenho do petróleo é pressionado pela reavaliação do mercado sobre um possível novo corte de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O dólar avança à medida que investidores monitoram o desenrolar das conversas sobre o teto da dívida dos EUA no Congresso americano. O dia é de valorização generalizada da moeda americana, mas o real é uma das divisas mais penalizadas na sessão.