Ata do Fed indica um aumento de 0,5 ponto percentual no juro americano em maio

O banco elevou em 0,25 ponto percentual os juros em março

Jerome Powell, o presidente do Fed, o banco central dos EUA (Foto: Fed/divulgação)
Jerome Powell, o presidente do Fed, o banco central dos EUA (Foto: Fed/divulgação)

A ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) apontou que m aumento de 0,5 ponto percentual no juro americano está a caminho.

“Muitos participantes observaram que um ou mais aumentos de 50 pontos base na faixa da meta podem ser apropriados em reuniões futuras, principalmente se as pressões inflacionárias permanecerem elevadas ou intensificadas”, menciona a ata da reunião de política monetária de março.

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Na ocasião, o Fed elevou em 0,25 ponto percentual os juros – do intervalo de 0 a 0,25% ao ano para entre 0,25% e 0,5% ao ano.

A guerra na Ucrânia, porém, deixou alguns dos participantes do comitê relutantes em apoiar tamanha elevação nos juros.

O documento também indica que o Fed irá reduzir a quantidade de títulos que possui em carteira para US$ 95 bilhões.

A próxima reunião da autoridade monetária é em maio.

Por que importa?

Juros mais altos nos EUA podem levar a uma desaceleração na economia global, mas, ao mesmo tempo, reduzir a inflação.

Como impacta os seus investimentos?

Qualquer mudança na política monetária da maior economia do mundo impacta o mercado global. Ao menor sinal de alterações na taxa de juros americana, ativos financeiros tendem a oscilar. Caso a esperada alta no juro pareça estar mais perto do que o imaginado, ações podem se desvalorizar e o dólar ganhar mais força. Caso contrário, ativos brasileiros tendem a se beneficiar.

Fique por dentro:

PMI chinês

Como reflexo do lockdown decretado pela China no final de março para tentar conter um novo surto de Covid-19, o PMI (Índice dos Gerentes de Compra, da sigla em inglês) de serviços, medido pela consultoria Markit, caiu de 50,2 em fevereiro para 42 no mês passado, indicando contração do setor. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e a desaceleração da economia chinesa é uma má notícia para o país.

Dois diretores da Petrobras entram na lista de apostas para a estatal

Dois nomes correm por fora, ou melhor, por dentro, da Petrobras para emplacar nos cargos vagos pela desistência de Rodolfo Landim e Adriano Pires. São dois diretores da estatal, Rafael Chaves Santos (Relacionamento Institucional e Sustentabilidade) e Fernando Borges (Exploração e Produção), que ascenderam aos cargos que ocupam hoje por designação do atual presidente, Joaquim Silva e Luna. Rafael Chaves Santos, funcionário de carreira do Banco Central e ex-executivo da Vale, chegou à estatal como gerente executivo de estratégia em 2019. Foi indicado para a Petrobras pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas caiu nas graças do general. Ao recepcionar o presidente da República em 31 de janeiro deste ano, numa unidade da Petrobras em Itaboraí, na presença de vários ministros, Chaves fez um discurso que depois viraria um tuíte de Jair Bolsonaro.

Governo tenta manobra para ganhar tempo na procura por novo presidente para Petrobras

Em meio à instabilidade provocada pelo impasse nas mudanças da direção da Petrobras, o governo estuda retirar da pauta da Assembleia Geral Ordinária (AGO), convocada para 13 de abril, o item que prevê a votação dos novos conselheiros. Mas se essa articulação se concretizar, segundo o estatuto da empresa, seria necessário aguardar mais 30 dias para convocar uma nova AGO, a fim de então votar as indicações ao conselho. Segundo fontes que estão acompanhando as articulações de bastidores, com essa manobra, o governo ganharia mais um mês de fôlego para encontrar executivos que aceitem assumir os cargos de presidente da estatal e de presidente do conselho de administração, após as recusas de Adriano Pires e Rodolfo Landim, respectivamente. Nesse cenário, o presidente Jair Bolsonaro teria que fazer um apelo ao presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna, para que o militar da reserva aceitasse ficar mais esse período no cargo, até a realização da nova AGO.

Lira defende rever lei das estatais e privatizar Petrobras

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta terça-feira a revisão da Lei das Estatais para mudar as regras de compliance para ocupação de cargos e a privatização da Petrobras se ela não está cumprindo seu papel como estatal. Afirmou, contudo, que essas são por enquanto apenas ideias dele comentadas com alguns líderes partidários e que não decidiu como serão encaminhadas nem debatidas pelo Legislativo. “A Petrobras é empresa estatal. Se ela não tem benefício para o Estado, se a população reclama dos preços caros dos combustíveis, que seja privatizada”, disse o presidente da Câmara à imprensa. “A quem serve a Petrobras? A gente produz o petróleo aqui e o preço é dado pelo mercado internacional”, reforçou. Lira disse que as regras de compliance da Lei das Estatais são muito duras e acabam por inviabilizar a indicação de pessoas do ramo. Na opinião dele, não basta escolher um general, engenheiro ou jornalista para o cargo, cumprindo as regras de compliance, mas essa pessoa não entender de petróleo e gás para dirigir a Petrobras, o que a deixaria sujeito aos interesses corporativos dos funcionários da empresa ou de seus investidores.

Toyota fecha fábrica de São Bernardo do Campo

A fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo (SP), no ABC, a primeira da montadora fora do Japão, será fechada. A unidade, que no passado tornou-se conhecida pela produção do utilitário Bandeirante, hoje, produz peças que equipam modelos produzidos no Brasil, Argentina e Estados Unidos. A empresa informou que vai transferir a operação industrial de São Bernardo para as fábricas de Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz – no interior de São Paulo –, e que pretende preservar os 550 empregados que trabalham na unidade. “Será oferecida oportunidade a 100% dos colaboradores que, hoje, trabalham na operação do ABC”, destacou a empresa, por meio de nota.

(Com Valor Econômico)

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