IF Hoje: Dados de inflação no Brasil e nos EUA ajudarão investidores a calibrar expectativas sobre juros
Estimativas dos analistas são de desaceleração dos preços em ambos os países
Importantes indicadores de inflação que saem nesta sexta-feira (8) no Brasil e nos Estados Unidos ajudarão os investidores no mercado financeiro a calibrar suas expecativas sobre as taxas de juros.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) vai informar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de novembro. Depois de registrar uma alta de 0,59% dos preços em outubro, o índice deve recuar tanto na medição mensal, para 0,55%, quanto no acumulado em 12 meses, para 6,01%, segundo as estimativas dos analistas.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Nos EUA, o índice de preços ao produtor (atacado) deve ter se mantido em 0,2% no mês passado, mesmo valor de outubro, e caído de 8% para 7,2% no acumulado de 12 meses até novembro.
A situação dos dois países quanto às taxas de juros é diferente, mas a desaceleração dos preços é uma boa notícia para ambos.
A retração do IPCA é necessária para continuar sustentando as expectativas de que o Banco Central brasileiro não vai voltar a aumentar os juros tão cedo. Seu Copom (Comitê de Política Monetária) se encontrou na terça (6) e na quarta (7) para discutir o rumo da Selic e decidiu mantê-la em 13,75% ao ano pela terceira reunião consecutiva. A maior parte do mercado está esperando uma redução da taxa somente no segundo semestre de 2023, se os preços se mantiverem comportados e a situação fiscal do país não se deteriorar demais.
Já o Fed (Federal Reserve, banco central americano) deve continuar elevando a sua taxa básica de juros, que está atualmente no intervalo 3,75%-4% ao ano. No entanto, se ficar claro que o pior momento da inflação ficou para trás, essa alta pode ser menos pronunciada, com encerramento do ciclo mais cedo.
Agenda do dia
9h – Brasil: IPCA (novembro)
10h30 – EUA: Índice de preços ao produtor (novembro)