IF Hoje: Dados de inflação no Brasil e nos EUA mexem com o mercado nesta quinta (10)

Índices de preços ajudam investidores a afinar suas projeções para os juros

Inflação de maio vem abaixo do esperado e aquece debate sobre queda de juros. Foto: Eduardo Soares/Unsplash
Inflação de maio vem abaixo do esperado e aquece debate sobre queda de juros. Foto: Eduardo Soares/Unsplash

Todas as atenções dos investidores estão concentradas, nesta quinta-feira (10), na divulgação de dados da inflação ao consumidor em outubro no Brasil e nos Estados Unidos. A forte alta dos preços está obrigando muitos países a aumentar as taxas de juros como há anos não se via, e, além da desvalorização do dinheiro, o risco de recessão global decorrente dessa elevação tem preocupado o mercado.

O Brasil e os EUA se encontram em situações bem diferentes no que diz respeito à política monetária. O Banco Central brasileiro já parou de elevar sua taxa básica de juros, a Selic , que está em 13,75% ao ano, e aguarda os efeitos do aumento. Já o Fed (Federal Reserve, banco central americano) anunciou na semana passada a quarta elevação consecutiva de 0,75 ponto percentual na sua taxa básica, que agora está no intervalo de 3,75%-4% ao ano, a mais alta desde janeiro de 2008.

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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), indicador oficial do país, subiu 0,59% em outubro após registrar deflação por três meses consecutivos. A estimativa do mercado para mês era de uma variação de 0,49%. Mesmo a inflação acima das projeções do analistas, segue de pé a expectativa de que não haverá novos aumentos da taxa Selic por parte do Copom (Comitê de Política Monetária do BC). Já eventuais cortes dos juros poderão ocorrer a partir do final do primeiro semestre do ano que vem.

Para os EUA, a previsão é de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) tenha uma aceleração para 0,7% em outubro depois do 0,4% de setembro, mas o acumulado em 12 meses deve cair para 8% em outubro depois dos 8,2% de setembro.

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Como afeta os investimentos?

Ainda que o IPCA tenha vindo acima das projeções, no Brasil, são cada vez menores as apostas em mais elevações de juros, tornando a renda fixa menos atraente e favorecendo a renda variável. Na Bolsa brasileira, ações de empresas cujas vendas dependem de financiamento, como as varejistas, tendem a subir. Se a expectativa de desaceleração da inflação nos EUA também se confirmar, os investidores no mercado de ações americano também devem se animar.

Agenda do dia

  • 9h – Brasil: IPCA (outubro)
  • 10h30 – EUA: Inflação ao consumidor (outubro); pedidos de seguro-desemprego (semanal)
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