IF Hoje: Feriado nos EUA deve esvaziar mercado

Investidores no mercado local se prepararm para eventos importantes da semana

(Foto: Pexels)
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O feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (4), deve diminuir bastante o volume de negócios no mercado financeiro brasileiro.

Na Bolsa B3, os estrangeiros são responsáveis pela maior parte das transações. Sem essa contraparte, os investidores locais tendem a evitar fazer grandes manobras. Em vez disso, vão analisar o cenário para o restante da semana, que já tem agendados muitos eventos para mexer com a estratégia.

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A “PEC do desespero”, que amplia e cria benefícios sociais, deve ser votada (e aprovada) em rito sumário na Câmara dos Deputados. A PEC é uma tentativa do governo de tentar reagir ao seu desempenho ruim nas pesquisas eleitorais e continura lutando pela reeleição. A oposição disse que não se colocou contra o pacote eleitoreiro porque não quer negar ajuda à população que está passando fome.

O pacote é mal visto pelo mercado porque tem alto potencial inflacionário e cria problemas de orçamento não apenas neste ano mas em 2023 também, qualquer que seja o presidente. Como resultado, as taxas de juros futuras tendem a subir, beneficiando investimentos em renda fixa e tornando menos atraente a renda variável. O dólar também se coloca em tendência de alta, já que os investidores estrangeiros podem ficar preocupados com o desequilíbrio da economia do país e abandonar suas aplicações no mercado local em busca de alternativas mais seguras.

Outro destaque é a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco centtal americano), na próxima quarta (6). Há duas semanas, a instituição decidiu aumentar a taxa básica de juros no país em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 1,5%-1,75% ao ano, na tentativa de frear a disparada da inflação. Na ata dessa reunião, que sai na quarta (6), o mercado espera entender melhor as razões do Fed para calibrar suas expectativas sobre os próximos passos da política monetária – ou seja, se na próxima reunião, de agosto, vem mais um aumento de 0,75 p.p. ou se há alguma chance de arrefecimento desse ritmo de altas.

Na sexta (8), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente a junho. Os anaistas querem entender se o índice oficial de inflação do país vai mostrar que a alta de preços já atingiu seu pico ou se ainda está avançando, o que seria justificativa para mais aumentos de juros.

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