IF Hoje: Mercado monitora dados de emprego e indústria dos EUA
Os investidores no mercado financeiro americano estão se agarrando aos mais sutis sinais de desaceleração da inflação para tentar vislumbrar o fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, porém foram chamados à realidade na quarta-feira (17). O Fed (banco central do país) divulgou a ata de sua última reunião, no final de julho, e deixou bem claro que não está com pressa nenhuma após elevar a taxa básica em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 2,25%-2,5% ao ano. No documento, a autoridade monetária disse que os aumentos dos juros continuarão até que os preços mostrem uma tendência firme de queda. Agora, resta buscar nos indicadores econômicos pistas de uma desaceleração da atividade forte o suficiente para puxar a inflação para baixo.
Nesta quinta (18), saem, logo de manhã, três dados importantes: o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, o índice de atividade industrial da sucursal de Filadélfia do Fed de agosto, e o número de moradias usadas vendidas em julho. Para o primeiro, a previsão é de 265 mil, subindo ante os 262 mil da semana passada; para o segundo, -5 depois de ficar em -12,3 em julho (números acima de zero significam expansão da atividade manufatureira; abaixo, contração); para o terceiro, 4,89 milhões, baixa ante os 5,17 milhões do mês passado.
Ficando nas estimativas ou piores, esses indicadores podem dar um alívio ao mercado. Estariam bem longe de sinalizar um desaquecimento significativo, mas tampouco indicariam um grande avanço da atividade. Números melhores deixariam os investidores mais pessiministas, entretanto.
Para ajudar um pouco, no começo da tarde, após a divulgação desses dados, dois membros do comitê de política monetária do Fed vão fazer pronunciamentos. Os executivos costumam comentar o cenário econômico e a estratégia do banco central, então podem fazer uma leitura desses últimos números de acordo com a perspectiva do comitê.
Como afeta os investimentos?
A perspectiva de continuidade da elevação dos juros torna as aplicações em renda fixa mais atraentes, em detrimento da variável.
Agenda do dia
- 6h – Zona do euro: Inflação ao consumidor (julho)
- 9h: Reunião do CMN (Conselho Monetário Internacional)
- 9h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal); índice de atividade industrial do Fed de Filadélfia (agosto)
- 11h – EUA: Vendas de moradias usadas (julho)
- 14h: Leilão do aeroporto de Congonhas e mais oito concessões de terminais aéreos
- 14h20 – EUA: Discurso de Esther George, presidente da sucursal Kansas City e membro do comitê de política monetária do Fed
- 14h45 – EUA: Discurso de Neel Kashkari, presidente da sucursal Mineápolis do Fed e membro do comitê
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