IF Hoje: Investidores se ajustam a perspectivas de Selic alta por mais tempo

Na quarta-feira (7), o Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano com um discurso mais duro

Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters
Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, na quarta-feira (7), manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 13,75% ao ano. A medida era amplamente esperada pelo mercado financeiro, mas os comentários feitos pelo comitê ao explicar a decisão devem fazer os investidores ajustar um pouco suas posições.

A autoridade monetária foi bastante dura ao salientar que pode voltar a aumentar a taxa Selic caso sua expectativa de desaceleração da inflação não se realize. Entre os maiores riscos para esse cenário está o aumento das incertezas fiscais com a mudança de governo.

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já sinalizou a sua disposição de gastar mais com benefícios sociais. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, aprovada em votação em segundo turno no plenário do Senado na noite de quarta, amplia o teto de gastos em R$ 175 bilhões e deixa o Bolsa Família de R$ 600 fora da regra por dois anos.

Os analistas do mercado, que vinham prevendo uma redução da taxa de juros a partir do final do primeiro semestre de 2023, agora acreditam que a Selic deve permanecer no atual nível por mais tempo, até que o BC tenha mais visibilidade de como a nova administração federal vai levar as contas.

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Com a manutenção dos juros elevados, ativos de risco como as ações de empresas negociadas na Bolsa de Valores continuará menos atrativa do que as aplicações em renda fixa por mais tempo.

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