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IF HOJE: mercado tenta prever o que o Copom fará com os juros de agora em diante
Como a decisão do Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) na quarta-feira (2) de aumentar a Selic para 10,75% ao ano era amplamente esperada, agora a grande discussão no mercado é: para onde vão os juros daqui em diante?
No comunicado divulgado após o anúncio da elevação da taxa básica em 1,5 ponto percentual, o BC disse que a Selic vai subir novamente, porém em um ritmo menor. Quão menor? É a grande pergunta.
Por que importa?
Os juros são a ferramenta de que o BC dispõe para controlar a inflação. O efeito esperado do aumento da Selic é esfriar a economia, o que afeta as empresas e os profissionais. Além disso, determina diretamente os rumos dos ativos de renda variável e fixa.
Como afeta seus investimentos?
Dependendo de como os investidores vêem a Selic variar nos próximos meses, os juros futuros podem recuar mais ou menos. Com juros menores, os ativos pós-fixados ficam menos atrativos e e os pré-fixados se tornam mais interessantes. Também existem efeitos sobre a renda variável. O aumento do retorno da renda fixa faz com que investir na Bolsa de Valores, correndo risco, fique menos vantajoso. Se os investidores vendem suas ações de empresas no mercado para buscar alternativas mais seguras, os preços dos papéis caem. Além disso, as companhias que têm dívidas elevadas sofrem, porque os débitos ficarão mais caros, e as que têm consumidores dependendo de crédito para comprar, como as varejistas de eletroeletrônicos, podem ter uma queda na receita.
Fique por dentro:
Caixa
A Caixa Econômica Federal aumentou os juros do financiamento imobiliário feito com recursos da poupança (SBPE). Na linha tradicional ligada à TR (taxa referencial), hoje zerada, a Caixa passou a cobrar de 8% ao ano até 8,99% ao ano mais TR. Na linha fixa, as taxas agora estão em partir de 9,75% ao ano. Em novembro, estavam a partir de 9,5% ao ano.
Santander
O Santander Brasil teve um lucro líquido de R$ 3,88 bilhões do quarto trimestre de 2021, queda de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Meta, dona do Facebook, espera que a sua receita fique abaixo do que o mercado projeta no primeiro trimestre deste ano, dado o “aumento da concorrência”. O anúncio fez as ações da companhia caírem mais de 20% no after-market da Bolsa de Nova York.
Redução no IPI
Segundo o Estadão/Broadcast, o governo Jair Bolsonaro estuda reduzir as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 15% a 30%. Um eventual corte de 30% impactaria em R$ 24 bilhões a arrecadação da União.
Covid-19
O Brasil registrou 946 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa feito junto às secretarias estaduais de Saúde, nesta quarta-feira (2). Com isso, o total de óbitos pelo novo coronavírus subiu para 629.078. A média móvel de vítimas fatais da Covid-19 nos últimos sete dias foi de 653 por dia – a maior registrada desde 31 de agosto, quando estava em 671 –, um aumento de 178% em relação aos casos registrados em 14 dias.
Para acompanhar hoje:
- 9h: banco da Inglaterra decide taxa de juro
- 9h45: decisão de taxa de juro do BCE (Banco Central Europeu)
- 10h: PMI composto e serviços dos EUA em janeiro do HSBC
- 10h30: pedidos iniciais semanais de seguro-desemprego nos EUA
- 11h45: PMI composto e serviços de janeiro da Markit nos EUA
- 12h: encomendas à indústria americana em janeiro
(Com G1 e Valor Econômico)
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