IF Hoje: Mercado melhora projeção para o PIB em 2022, aponta Focus

Expectativa para a inflação no fim do ano foi reduzida

Rua de comércio popular no Rio de Janeiro (RJ) (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)
Rua de comércio popular no Rio de Janeiro (RJ) (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, agora de 1,51% para 1,59%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (11) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se em 0,50%. Para 2024, caiu de 1,81% para 1,80%.

A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre, em relação ao último do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de junho. O crescimento ficou em linha com o consenso das projeções de 82 analistas coletadas pelo Valor, mas a expectativa agora é que a economia enfrentará cenário adverso, com eleições, alta de juros e quadro internacional menos favorável.

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O boletim Focus teve sua divulgação retomada na sexta-feira (08), com a publicação dos nove arquivos semanais do período de 6 de maio a 1º de julho, que haviam ficado pendentes devido à segunda fase de paralisação dos servidores do BC, que foi encerrada na última terça-feira, com o fim do prazo para a concessão de reajustes em ano eleitoral, em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Inflação

A mediana das projeções dos economistas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022 caiu de 7,96% para 7,67%, segundo o Relatório Focus. Para 2023, subiu, de 5,01% para 5,09%. Para 2024, de 3,25% para 3,30%.

Últimas em Morning Call

Selic

Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas manteve-se em 13,75% para 2022 e 10,50% para 2023, mas subiu de 7,75% para 8,00% em 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano (a.a.), na sua última reunião, encerrada em 15 de junho, conforme havia sinalizado e era esperado pelo mercado, diante da elevação dos riscos fiscais e de pressão inflacionária persistente, e indicou novo ajuste na próxima reunião, em agosto, “de igual ou menor magnitude”. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

Dólar

A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi elevada de R$ 5,09 para R$ 5,13, segundo o Relatório Focus. Para 2023, o ponto-médio das estimativas para a moeda americana ficou parado em R$ 5,10 entre uma semana e outra. Para 2024, foi de R$ 5,07 para R$ 5,06.

Agenda do dia

  • FGV divulga IPC-S Capitais da primeira quadrissemana de julho – O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) divulga, às 8h, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) para sete capitais brasileiras da primeira quadrissemana de julho. Na quarta quadrissemana de junho, o IPC-S desacelerou para 0,67%, vindo de 0,76% uma semana antes, e foi verificada em quatro das sete capitais pesquisadas. Houve recuo na inflação em Belo Horizonte (0,93% para 0,92%), Recife (1,39% para 1,01%), Rio de Janeiro (0,53% para 0,05%) e São Paulo (0,56% para 0,31%). Tiveram aceleração: Salvador (0,98% para 1,06%), Brasília (0,63% para 1,19%) e Porto Alegre (0,90% para 0,92%).
  • FGV informa IGP-M do primeiro decêndio de julho – O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) informa às 8h o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) do primeiro decêndio de julho. O IGP-M registrou inflação de 0,39% na primeira prévia de junho, vindo de 0,23% na mesma leitura do mês anterior e de 0,52% no encerramento de maio.
  • BC publica boletim Focus da semana – O Banco Central (BC) publicar às 8h30 a Pesquisa Focus da semana, com dados coletados até o dia 8 de julho. Na última divulgação, na sexta-feira passada, após a suspensão da greve dos servidores do BC, a mediana das projeções dos economistas do mercado para o IPCA de 2022 está em 7,96%. Para 2023, 5,01%, vindo de 4,10% no fim de abril. Para 2024, ficou em 3,25%, vindo de 3,20%. Para a taxa Selic, o ponto-médio das expectativas ficou em 13,75% para 2022 (de 13,25% em 29 de abril), 10,50% em 2023 (de 9,25%) e 7,75% para 2024 (de 7,50%). A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano está em R$ 5,09. Para 2023, as expectativas para o câmbio ficaram em R$ 5,10, de R$ 5,04 por dólar no fim de abril. Para 2024, R$ 5,07, de R$ 5,00 na divulgação do começo de maio. A mediana das projeções para o PIB em 2022 está em alta de 1,51%. Para 2023, as expectativas para a alta do PIB ficaram em 0,50%, de 1,00% no fim de abril. Para 2024, ficaram em 1,81%, de 2,00% na divulgação do começo de maio.
  • Secint apresenta balança comercial semanal – A Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) apresenta, às 15h, o resultado da balança comercial da primeira semana de julho. No fechamento de junho, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,813 bilhões em junho, resultado de exportações de US$ 32,675 bilhões e importações de US$ 23,861 bilhões.
  • Presidente do Fed de NY discursa – às 15h, John Williams, presidente do Fed de Nova York, faz discurso.
  • Japão divulga inflação ao produtor – às 20h50, divulgação da inflação ao produtor (PPI) do Japão em junho.
  • Bolsonaro recebe presidente da Hungria – às 10h45, o presidente Jair Bolsonaro participa da cerimônia oficial de chegada de Katalin Novák, presidente da Hungria, no Palácio do Planalto, com reunião às 11h. Às 15h, Bolsonaro recebe Renato de Lima França, subchefe adjunto executivo para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.
  • Guedes cumpre agenda interna – O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa na próxima segunda-feira de dois compromissos na sede da pasta, em Brasília. Às 10h, de reunião extraordinária virtual do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Às 16h, de audiência com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
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