Morning call: bolsa tenta se recuperar do tombo em clima de expectativa por dados do payroll

A bolsa de valores ontem fechou em queda de 1,01%, aos 125.622,65 pontos

Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O morning call de hoje (7) mostra que a bolsa de valores tenta se recuperar do tombo da sessão de ontem em clima de expectativa pelo payroll, que é a divulgação – na sexta-feira – dos dados oficiais de emprego dos Estados Unidos. Além disso, pode haver alguma repercussão a respeito da aprovação da privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A bolsa de valores ontem fechou em queda de 1,01%, aos 125.622,65 pontos. O dólar, por sua vez, apresentou queda frente ao real: desceu 0,47%, cotado a R$ 4,9024.

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À espera do payroll

A semana tem sido marcada por publicações sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Assim, os dados até aqui têm alimentado as expectativas por cortes de juros no país já a partir de março de 2024.

Na véspera, a pesquisa ADP mostrou que o setor privado americano gerou 103 mil vagas em novembro. O número ficou abaixo do consenso do mercado, que previa uma abertura de 120 mil postos no mês.

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Agora, os agentes financeiros esperam pelo relatório payroll, com os dados oficias de emprego em novembro. O indicador, que será conhecido na sexta, abre uma sequência relevante de divulgações nos Estados Unidos.

Além disso, na semana que vem, na terça, saem os novos números da inflação americana, o famoso CPI. E no dia seguinte, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga sua decisão de política monetária.

Conforme a ferramenta de monitoramento do CME Group, 97% dos agentes esperam uma manutenção dos juros na última reunião de 2023, no intervalo de 5,25% a 5,50%. Contudo, a plataforma indica que março passou a ser o primeiro mês com posições majoritárias pela queda dos juros.

Aqui no Brasil, voltou ao radar neste morning call a possibilidade de um novo corte nos preços dos combustíveis. Isso porque na véspera o preço do petróleo brent, referência de mercado da Petrobras, caiu quase 4%, abaixo de US$ 75.

Em conjunto com o dólar sendo negociado atualmente na faixa de R$ 4,90, aumentam assim os rumores de uma possível baixa da gasolina e do diesel.

Uma nova redução tende a sinalizar mais alívio nas projeções do IPCA. E com menor pressão inflacionária no radar, o Banco Central pode seguir o ciclo de relaxamento da taxa Selic.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão que contou com volatilidade, após abrirem em alta com impulso de indicadores da economia americana.

As perspectivas de que a desaceleração da economia americana apoie corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) foram o grande tema da sessão, mas o otimismo reduziu com o passar do tempo. Entre setores, a maior queda foi outra vez de energia, pressionado pela baixa do petróleo.

O índice Dow Jones caiu 0,19%, aos 36.054,43 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 recuou 0,39%, aos 4.549,34 pontos e o Nasdaq fechou em queda de 0,58%, aos 14.146,71 pontos.

Bolsas asiáticas

Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão negativo no morning call desta quinta-feira (7), com Tóquio em baixa de quase 2%. Em Xangai, por outro lado, o quadro terminou bem próximo da estabilidade. A balança comercial da China, com números em geral modestos, esteve em foco na região.

China

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,09%, a 2.966,21 pontos e, enquanto isso, a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,27%, para 1.935,53 pontos.

Ações ligadas a montadoras puxaram o movimento para baixo, enquanto a balança comercial da China mostrou demanda doméstica fraca, no dado oficial publicado mais cedo. Entre ações em foco, Chongqing Changan Automobile recuou 2,2% e Xuzhou Handler Special Vehicle, 10%.

Ações de fabricantes de partes de automóveis também caíram, com Ningbo Shenglong Automotive Powertrain System em baixa de 9,9%. Já a maioria dos bancos subiu, mesmo após a Moody’s ter revisado a perspectiva de vários nomes do setor na China, para negativa.

Japão

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 1,76%, a 32.858,31 pontos. Os mercados da Ásia em geral parecem ter recebido com cautela os números da balança comercial da China, que apontam para uma economia ainda lutando para ganhar fôlego, disse Michael Hewson, analista-chefe de mercados da CMC Markets.

Entre ações em foco na capital japonesa, Kawasaki Kisen Kaisha, do setor de transportes, caiu 4,95%, e a fabricante de equipamentos relacionados a semicondutores Advantest teve baixa de 4,7%.

Hong Kong

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,71%, a 16.345,89 pontos. A Moody’s revisou sua perspectiva para o rating de Hong Kong, de estável para negativa, após ter feito o mesmo com a China nesta semana. Quase todos os setores caíram no mercado local, puxados por farmacêuticas e empresas ligadas a microchips.

Coreia do Sul e Taiwan

Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou baixa de 0,13%, em 2.492,07 pontos em Seul. Ações ligadas à robótica e a eletrônicos caíram. Doosan Robotics recuou 7,7%, com realização de lucros após ganhos recentes. LG Electronics teve queda de 4,7%, estendendo perdas para a sétima sessão consecutiva, diante de perspectivas fracas para seu balanço no quarto trimestre.

Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,47%, a 17.278,74 pontos.

Bolsas na Oceania

Na Oceania, em Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,07% neste morning call, a 7.173,30 pontos. O mercado australiano não mostrou fôlego, um dia após o maior ganho diário desde novembro de 2022. Ações do setor financeiro e papéis ligados ao consumo estiveram entre as quedas, com ajuste após alta forte na quarta-feira.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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