Morning call: semana começa com foco no Focus e no possível anúncio do consignado privado

Morning call ainda apresenta informações sobre o fechamento da bolsa de valores na sexta-feira passada

Empresas citadas na reportagem:

A semana começa com o mercado de olho no Boletim Focus. O relatório tradicional é divulgado pelo Banco Central e contém as perspectivas para a taxa de juros, a inflação oficial do País entre outros indicadores. Assim começa o morning call que abre a semana.

É pouco, mas é o que temos para a segunda-feira (10). Uma vez que o foco estará mesmo na quarta-feira, quando saberemos o IPCA do mês de fevereiro. O dado conta bastante para a definição da taxa de juros. Uma semana depois, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai definir a nova Selic. Hoje, ela está em 13,25% ao ano. Deve subir para 14,25% e termina o ciclo atual de alta para lá dos 15%.

Morning call: vem aí consignado privado e seus bilhões

E o foco do mercado estará também na provável divulgação das regras do crédito consignado privado. Assim, esperam-se novidades do programa para esta semana.

O consignado tem potencial de elevar a carteira de crédito do setor privado em muitos bilhões – de R$ 40 bi para R$ 120 bi. E pode influenciar até no desempenho do PIB de 2025. Isso conforme análise feita pelo Itaú para a Inteligência Financeira.

O consignado privado, a isenção de tarifas de importação sobre alimentos e a liberação de dinheiro do FGTS para o trabalhador que acionou o saque-aniversário são medidas do governo Lula para mexer positivamente com a economia. O foco é aumentar novamente a popularidade com vistas às eleições presidenciais de 2026.

Mas as medidas tem seus efeitos no mercado imediatamente; texto mostra quem ganham e quem perde no mercado acionário com a isenção tarifária dos alimentos. Confira no link mais informações.

Bem, dito tudo isso, vamos relembrar como foi o desempenho da bolsa na semana passada.

Morning call: como foi a bolsa?

Uma alta firme de ações blue chips, acompanhada de dados econômicos abaixo do esperado no Brasil e nos Estados Unidos, turbinaram um movimento de fechamento mais forte da curva de juros local, o que deu suporte para um desempenho positivo do Ibovespa ao longo de boa parte do dia.

Dessa forma, depois de alcançar os 125.822 pontos, na máxima intradiária, o índice terminou com alta de 1,36%, aos 125.035 pontos.

Na mínima, ele chegou a tocar os 122.530 pontos. Na semana a subida foi de 1,82%.

Volume financeiro da bolsa de valores

Operadores chamaram atenção para o fato de a alta do Ibovespa não ocorrer de forma simultânea ao aumento do volume financeiro negociado no índice, que foi de R$ 15,3 bilhões, o que tende a demostrar um avanço “sem convicção”.

Dessa maneira, o montante ficou abaixo da média diária registrada desde o começo de janeiro, que é de R$ 16 bilhões. Já o giro financeiro na B3 foi de R$ 20,4 bilhões.

Após sessões de perdas, as ações da Petrobras voltaram a subir nesta sexta-feira.

Os papéis preferenciais ganharam 1,08%, enquanto os ON avançaram 1,22%. As ações da Vale, por sua vez, tiveram alta de 1,46%.

Um dos maiores destaques em termos de valorização veio das units de bancos, caso do Santander, que subiu 2,45%.

Já entre as maiores altas do Ibovespa ficou a Brava Energia, que avançou 10,82%.

Dados de produção de fevereiro e a subida nos preços do petróleo elevaram os ganhos das ações da petroleira hoje. Já na ponta contrária, os papéis da Totvs ficaram entre as maiores perdas, com queda de 1,93%.

Em Wall Street, o dia foi de alta depois do tombo da véspera: o Nasdaq subiu 0,70%; o S&P 500 avançou 0,55%; e o Dow Jones teve ganhos de 0,52%.

Com informações do Valor Econômico

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