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Morning call mostra que mercado se concentra nos assuntos da semana: IR e desoneração
O morning call de hoje indica, que assim como ontem, há poucos indicadores econômicos no radar. Por isso, o mercado financeiro volta o seu radar para assuntos que dominaram o noticiário nos últimos dias.
Um deles é a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Na segunda-feira, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não vai se “deixar levar” por pressões nesta discussão e que pretende debater o tema com lideranças do Congresso Nacional.
Assim, enquanto essas discussões não surgem, o mercado faz suas próprias análises e a bolsa anda conforme essas expectativas. Na segunda-feira, antes da entrevista, a bolsa de valores fechou em expressiva queda de 0,81%, caindo aos 126 mil pontos.
Morning call: dia de recuperação na bolsa
Mas ontem foi dia de recuperação. A bolsa de valores avançou 1,31%, a 128.262,52 ponto. O dólar, por sua vez, fechou em queda em relação ao real. A moeda norte-americana desceu 0,64%, a R$ 4,9552.
Dessa maneira, outro ponto que chamou a atenção do mercado ontem foram declarações do presidente Lula. Para a Rádio Metrópole, de Salvador (BA), o mandatário garantiu que o governo federal vai atualizar a faixa de isenção do Imposto de Renda em 2024. Dessa forma, pela indicação de Lula, quem ganha até dois salários mínimos ficará isento de prestar contas à Receita Federal.
Um olhar sobre uma das grandes da bolsa de valores
O Itaú BBA, na última terça-feira, emitiu relatório indicando que a Ambev (ABEV3) divulgará números mistos relativos ao quarto trimestre de 2023. “Em termos consolidados, prevemos um lucro operacional caixa (Ebitda) de R$ 7,5 bilhões, com margem de 34,4%, o que corresponde a um incremento de +3,1 pontos porcentuais na comparação anual, e +2% pp acima do reportado no trimestre anterior”, descreve o relatório.
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Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto/Reuters
Bolsas da Ásia fecham mistas
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com a de Hong Kong ampliando ganhos no fim do pregão, quando o banco central chinês (PBoC) anunciou uma redução da taxa de compulsório bancário.
Liderando os ganhos na Ásia, o Hang Seng saltou 3,56% em Hong Kong, a 15.899,87 pontos, ganhando força na etapa final da sessão, quando o PBoC anunciou um corte de 50 pontos-base do compulsório bancário, válido a partir de 5 de fevereiro.
Na China continental, onde os negócios já estavam encerrados quando veio o anúncio do PBoC, o Xangai Composto subiu 1,80%, a 2.820,77 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,25%, a 1.646,86 pontos, sustentados ainda por notícias de que Pequim planeja medidas para ajudar os mercados acionários locais, que sofreram fortes perdas recentes.
Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei caiu 0,80% em Tóquio, a 32.226,48 pontos, pressionado por ações do setor imobiliário, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,36% em Seul, a 2.469,69 pontos, com quedas em papéis de transporte marítimo, siderurgia e defesa, e o Taiex ficou praticamente estável em Taiwan, com alta marginal de 0,01%, a 17.875,83 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana teve ligeira alta, mas assegurou seu quarto pregão consecutivo de ganhos. O S&P/ASX 200 avançou 0,06% em Sydney, a 7.519,20 pontos.
Como foi o fechamento nos Estados Unidos
O Dow Jones cedeu 0,25%, aos 37905,45 pontos. O S&P 500 subiu 0,29%, aos 4864,60 pontos e o Nasdaq ganhou 0,43%, aos 15425,94 pontos.
Na liderança como a maior queda porcentual do Dow Jones, as ações da 3M despencaram 11,03%.
Os ativos foram pressionados pelas projeções abaixo do esperado para 2024, mesmo após a empresa apresentar crescimento do lucro de 6%, para US$ 2,42 por ação, acima do US$ 2,31 esperado, no quarto trimestre.
Para o ano, a companhia projetou lucro por ação entre US$ 9,35 e US$ 9,75, ante projeções dos analistas de US$ 9,90.
Com informações do Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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