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Morning call: bolsa será capaz de se recuperar com falas de Lula e Haddad ainda no radar?
O morning call de hoje questiona se a bolsa será capaz de se recuperar tendo no cenário, ainda, a repercussão das falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre meta fiscal.
Na sexta-feira, o chefe do Executivo afirmou que não via necessidade de o país ter um déficit zero no ano que vem. Por outro lado, na segunda, o ministro da Fazenda disse que não via da parte do presidente nenhum descompromisso, pelo contrário.
“Se não estivesse preocupado, não teria pedido apoio da área econômica para orientação ao congresso. Isso é algo que precisa ser feito pelos Três Poderes, todos precisam estar cientes”, afirmou Haddad durante entrevista coletiva.
As falas não parecem ter sido suficientes. Afinal, mesmo após uma abertura positiva, o Ibovespa passou a cair e fechou em queda de 0,68%, a 112.531,52 pontos. Dessa maneira, o Ibovespa alcançou o seu menor patamar desde 1º de junho. Simultaneamente, o dólar fechou em alta de 0,67%, cotado a R$ 5,0469.
Além da repercussão das falas de Haddad e Lula, a agenda econômica está repleta de acontecimentos, embora o mercado aguarde com expectativa a Super Quarta, quando serão divulgadas novas taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Vamos à agenda de hoje:
- 07h00: Taxa de inflação de outubro na zona do euro
- 07h00: PIB do terceiro trimestre da zona do euro (prévia)
- 09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de setembro (IBGE)
Principais balanços do dia
- Ambev (ABEV3)
- Auren (AURE3)
- Carrefour Brasil (CRFB3)
- Cielo (CIEL3)
- CCR (CCRO3)
- Eletromidia (ELMD3)
- Kepler Weber (KEPL3)
- Log CP (LOGG3)
- Marcopolo (POMO4)
- Omega (MEGA3)
- Prio (PRIO3)
- Raia Drogasil (RADL3)
- Telefônica Brasil (VIVT3)
- Vamos (VAMO3)
- Vulcabras (VULC3)
Como sempre ocorre, as bolsas asiáticas costumam ter impacto no Brasil. Vamos ver o que ocorreu por lá e como isso impactou o morning call de hoje:
Bolsas asiáticas
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, após uma inesperada contração na manufatura chinesa, mas a de Tóquio avançou, à medida que o Banco do Japão (BoJ) basicamente reafirmou sua postura ultra-acomodatícia.
Na China continental, o Xangai Composto teve baixa marginal de 0,09% hoje, a 3.018,77 pontos. Enquanto isso, o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,53%, a 1.874,51 pontos.
Dados oficiais mostraram que o PMI industrial da China caiu para 49,5 em outubro, com a leitura abaixo de 50 sinalizando que o setor manufatureiro voltou a se contrair. A previsão de analistas era de ligeira redução do PMI, a 50,1.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve queda de 1,69% em Hong Kong, a 17.112,48 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 1,41% em Seul, a 2.277,99 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,92% em Taiwan, a 16.001,27 pontos.
Por outro lado, o Nikkei subiu 0,53% em Tóquio, a 30.858,85 pontos, após o BoJ deixar sua política monetária ultra-acomodatícia praticamente inalterada. O BC japonês, porém, alterou sua linguagem sobre os bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, permitindo, na prática, que o juro do papel ultrapasse um “ponto de referência” de 1%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul hoje, ignorando o PMI chinês e se apoiando nos sólidos ganhos de Wall Street ontem. O S&P/ASX 200 avançou 0,12% em Sydney, a 6.780,70 pontos.
Com informações do Estadão Conteúdo
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