Morning call: bolsa será capaz de se recuperar com falas de Lula e Haddad ainda no radar?

Ibovespa fechou a sessão de ontem em queda de 0,68%, menor patamar desde 1º de junho

Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O morning call de hoje questiona se a bolsa será capaz de se recuperar tendo no cenário, ainda, a repercussão das falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre meta fiscal.

Na sexta-feira, o chefe do Executivo afirmou que não via necessidade de o país ter um déficit zero no ano que vem. Por outro lado, na segunda, o ministro da Fazenda disse que não via da parte do presidente nenhum descompromisso, pelo contrário.

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“Se não estivesse preocupado, não teria pedido apoio da área econômica para orientação ao congresso. Isso é algo que precisa ser feito pelos Três Poderes, todos precisam estar cientes”, afirmou Haddad durante entrevista coletiva.

As falas não parecem ter sido suficientes. Afinal, mesmo após uma abertura positiva, o Ibovespa passou a cair e fechou em queda de 0,68%, a 112.531,52 pontos. Dessa maneira, o Ibovespa alcançou o seu menor patamar desde 1º de junho. Simultaneamente, o dólar fechou em alta de 0,67%, cotado a R$ 5,0469.

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Além da repercussão das falas de Haddad e Lula, a agenda econômica está repleta de acontecimentos, embora o mercado aguarde com expectativa a Super Quarta, quando serão divulgadas novas taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Vamos à agenda de hoje:

  • 07h00: Taxa de inflação de outubro na zona do euro
  • 07h00: PIB do terceiro trimestre da zona do euro (prévia)
  • 09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de setembro (IBGE)

Principais balanços do dia

  • Ambev (ABEV3)
  • Auren (AURE3)
  • Carrefour Brasil (CRFB3)
  • Cielo (CIEL3)
  • CCR (CCRO3)
  • Eletromidia (ELMD3)
  • Kepler Weber (KEPL3)
  • Log CP (LOGG3)
  • Marcopolo (POMO4)
  • Omega (MEGA3)
  • Prio (PRIO3)
  • Raia Drogasil (RADL3)
  • Telefônica Brasil (VIVT3)
  • Vamos (VAMO3)
  • Vulcabras (VULC3)

Como sempre ocorre, as bolsas asiáticas costumam ter impacto no Brasil. Vamos ver o que ocorreu por lá e como isso impactou o morning call de hoje:

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, após uma inesperada contração na manufatura chinesa, mas a de Tóquio avançou, à medida que o Banco do Japão (BoJ) basicamente reafirmou sua postura ultra-acomodatícia.

Na China continental, o Xangai Composto teve baixa marginal de 0,09% hoje, a 3.018,77 pontos. Enquanto isso, o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,53%, a 1.874,51 pontos.

Dados oficiais mostraram que o PMI industrial da China caiu para 49,5 em outubro, com a leitura abaixo de 50 sinalizando que o setor manufatureiro voltou a se contrair. A previsão de analistas era de ligeira redução do PMI, a 50,1.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve queda de 1,69% em Hong Kong, a 17.112,48 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 1,41% em Seul, a 2.277,99 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,92% em Taiwan, a 16.001,27 pontos.

Por outro lado, o Nikkei subiu 0,53% em Tóquio, a 30.858,85 pontos, após o BoJ deixar sua política monetária ultra-acomodatícia praticamente inalterada. O BC japonês, porém, alterou sua linguagem sobre os bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, permitindo, na prática, que o juro do papel ultrapasse um “ponto de referência” de 1%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul hoje, ignorando o PMI chinês e se apoiando nos sólidos ganhos de Wall Street ontem. O S&P/ASX 200 avançou 0,12% em Sydney, a 6.780,70 pontos.

Com informações do Estadão Conteúdo

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