Fevereiro não termina bem para a bolsa e março vai seguir o mesmo caminho?

Fevereiro não acabou bem para a bolsa de valores. E isso preocupa investidores. Afinal, o cenário que prejudicou o Ibovespa no mês passado prossegue em fevereiro. No horizonte, instabilidade política e econômica claudicante. Como o morning call destaca faz algum tempo, a economia deve permanecer na mesma toada atual.

Ou seja, isso significa que o mercado já precifica mais um aumento da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) mais tarde neste mês.

Então, o guidance do Banco Central é de elevar a Selic em mais um ponto percentual. Com isso, a taxa anual vai pular para 14,25% ao ano. E espera-se mais. Projeções indicam elevação superior a 15% ao ano da Selic.

Morning call: enquanto isso, na bolsa de valores…

Você já deve ter esquecido depois de tanta folia no carnaval, mas a bolsa de valores encerrou a sessão da última sexta-feira em expressiva queda: recuou 1,60%. Com isso, o índice voltou para – desculpem a palavra – miseráveis 122,7 mil pontos.

Cenário completamente oposto ao registrado anteriormente em fevereiro, quando a bolsa atingiu 128,2 mil pontos. Ou seja, hoje o Ibovespa está mais perto da pontuação do começo do ano (120 mil) do que de atingir qualquer gatilho para mais altas consistentes, que segundo análise gráfica do Itaú BBA estaria em superar os 130 mil pontos.

É um sobe e desce eterno, um lenga-lenga eterno. E pensar que o mercado tratava como possível a bolsa atingir os 150 mil pontos ainda no fim do ano passado.

Com a bolsa caindo 2,64% como caiu em fevereiro, parece que o futuro do mercado será uma – eterna – quarta-feira de cinzas.