Bolsa de valores volta preguiçosa do feriado de carnaval; como será a quinta-feira?

Cenário não deve ser muito diferente conforme a semana avança

Empresas citadas na reportagem:

As criptomoedas, as tarifas de Donald Trump e a expectativa em torno da divulgação do PIB não foram suficientes para desestabilizar a bolsa de valores. Assim, o Ibovespa andou de lado, preguiçoso, como de resto é quase tudo na quarta-feira de cinzas. Essa é a conclusão do morning call desta quinta-feira (6).

Assim, a bolsa de valores fechou em 0,20%, aos 123.047 pontos.

E a quinta, a exemplo do que foi a quarta, reserva poucas emoções. No cenário interno, nada de nada. No exterior, foco na divulgação da decisão de política monetária na zona do euro. E para a coletiva de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. Assim, não se surpreenda se o assunto girar em torno da guerra entre Ucrânia e Rússia. E suas consequências econômicas.

Mas a Europa não tem a força econômica dos Estados Unidos. E o impacto na bolsa brasileira deve ser reduzido.

PIB: o que Itaú e Bradesco esperam

A expectativa em torno do PIB poderia dar o tom do mercado, mas o resultado parece já bastante claro para os analistas.

O Bradesco disse esperar aumento de 3,4% da atividade econômica do País em 2024. O Itaú estima um pouquinho mais: 3,5%.

É difícil os dois maiores bancos da América Latina errarem esse tipo de projeção.

Então, se o cenário macroeconômico está dado, vale o investidor ficar de olho nas boas oportunidades do mercado. Na bolsa de valores, matéria da Inteligência Financeira indicou dez oportunidades com base em análises. Veja as indicações e quem as recomendou:

AçãoQuem
recomenda
Variação
no ano*
Variação em
12 meses*
ELET3 | EletrobrasItaú BBA12,22-8,96
CURY3 | CuryItaú BBA25,7823,53
INBR32 | Banco Inter**Santander22,665,37
BBAS3 | Banco do BrasilSantander15,022,68
JBSS3 JBSBB Investimentos-14,0849,25
BBSE3 | BB SeguridadeGenial13,730,03
VIVT3 | TelefônicaSafra6,830,96
PRIO3 | PrioSafra-6,92-15,68
SBSP3 | SabespÁgora6,7821,13
CEAB3 | C&AÁgora24,024,1
(*) As variações correspondem ao retrato obtido pela reportagem às 16h30; (**) Corresponde ao BDR

Morning call: veja detalhes do fechamento da bolsa de valores

O Ibovespa encerrou em leve alta de 0,20%, aos 123.047 pontos, nesta quarta-feira, apoiado pelo avanço das ações da Vale, em uma sessão de incertezas com a política tarifária global.

Já a forte desvalorização dos papéis da Petrobras, que acompanhou o recuo do petróleo no mercado internacional, impediu um movimento mais positivo do índice.

Como sinalizado pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, o presidente Donald Trump pode amenizar as medidas estabelecidas contra México, Canadá e China, a depender de acordos comerciais com os países.

Mesmo assim, as dúvidas com a política externa influenciaram a sessão doméstica na volta do feriado de Carnaval e causaram um volume reduzido de negociações. Até as 18h15, o giro financeiro no Ibovespa atingiu os R$ 16 bilhões; na B3, R$ 19 bilhões. Ao longo do dia, o Ibovespa oscilou entre 122.747 pontos e 123.364 pontos.

Com a possível moderação da política tarifária dos EUA, os principais índices acionários americanos avançaram: Nasdaq subiu 1,46%; S&P 500 ganhou 1,12% e o Dow Jones teve alta de 1,14%.

Morning call: e as bolsas asiáticas?

As bolsas da Ásia fecharam em alta após a Casa Branca anunciar um adiamento de um mês nas tarifas para importações de automóveis do México e Canadá. Assim, há ainda expectativas de medidas de suporte adicionais na China. Então, a bolsa de Hong Kong fechou em seu maior nível em três anos.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 0,77% a 37.704,93 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,70% a 2.576,16 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 3,29% a 24.369,71 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 1,17% a 3.381,09 pontos.

A Casa Branca anunciou na quarta-feira um atraso de um mês nas tarifas para montadoras do México e Canadá. Trump se disse aberto a isenções tarifárias adicionais.

Na China, mercados seguem de olho no Congresso Nacional do Povo esta semana, após o país manter sua meta de crescimento apesar dos desafios ao crescimento doméstico e das incertezas externas, e com o foco em impulsionar o consumo e inovações tecnológicas.

Com informações do Valor Econômico

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