A combinação entre oferta de produtos de entrada com preços mais acessíveis e taxação de compras internacionais, que entrou em vigor a partir de agosto, contribuíram para uma performance melhor nas vendas da href=’https://valor.globo.com/empresas/valor-empresas-360/petz?360&interno_origem=multicontent’>Petz no terceiro trimestre, disse a direção da companhia em teleconferência com analistas, nesta quinta-feira (7).
“[A taxação] parou o crescimento desenfreado do cross border. Mas, para nós, foi muito mais impactante entender que o consumidor estava querendo pagar mais barato por um produto de entrada, mesmo tendo consciência de que a qualidade seria menor”, disse Sérgio Zimerman, presidente da companhia.
As vendas brutas de produtos avançaram 8%, para R$ 985,9 milhões de julho a setembro, enquanto a receita de serviços teve redução de 3,3%, totalizando R$ 30,7 milhões.
Outro fator que contribuiu para essa performance foi a “inflação pet”, que, após um pico durante a pandemia, atingiu o patamar negativo de 1,5% este ano, se aproximando do que era observado em 2019, destacou Aline Penna, diretora financeira da companhia.
Melhora no terceiro trimestre “tem tudo pra ser prolongada”
Para Sérgio Zimerman, o pior já passou, e a companhia entra agora em um momento de crescimento saudável e estabilidade das margens. Segundo o executivo, o primeiro semestre de 2024 foi o ponto mais baixo dos indicadores operacionais, e a melhora observada no terceiro trimestre “tem tudo pra ser prolongada”.
Zimerman destacou, ainda, a situação estável de caixa da empresa, especialmente num momento que os juros tendem a ficar ainda mais elevados. No início da noite de quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano.
A dívida bruta da companhia teve redução de 9%, passando de R$ 468,7 milhões para R$ 426,6 milhões no trimestre. Com isso, a companhia encerrou setembro com um caixa líquido de R$ 48,9 milhões, ante R$ 3 milhões no mesmo período do ano anterior.
Para os próximos meses, Aline Penna, diretora financeira, prevê “um ritmo de crescimento saudável e estabilidade das margens”. Segundo Penna, a companhia já fez os investimentos de base necessários e deve encerrar o ano com investimentos (“capex”, na sigla em inglês) em níveis inferiores aos registrados em 2023.
Além do avanço nas vendas digitais, que atingiram 43,8% de penetração na receita total no terceiro trimestre, e da participação das marcas próprias, a companhia pretende expandir a oferta de serviços para reforçar o fluxo nas lojas físicas, isto inclui banho e tosa e atendimento veterinário.
A Petz encerrou setembro com 257 lojas em operação, 21 a mais que o mesmo período de 2023. Dessas, 54% não atingiram a maturidade e 8% estão em seu primeiro ano.
*Com informações do Valor Econômico
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