Inter (INBR32) entra na Argentina com conta global de investimentos

Banco digital brasileiro prevê a ida para outros mercados latino-americanos

O banco Inter (INBR32) anunciou a expansão da sua conta global de investimentos para a Argentina. A nova oferta será possível graças a uma parceria estratégica com o Grupo Bind, permitindo assim que o Inter não precise de uma licença bancária no país. Com um total de mais de 36 milhões de clientes, o Inter já opera também nos EUA, onde comprou a fintech USend e com forte presença na Flórida.

O Inter afirma que o lançamento na Argentina marca a primeira fase da estratégia, que prevê a ida para outros mercados latino-americanos. Na estreia, os argentinos terão acesso à conta global de investimentos, assim que o acordo com o Bind for aprovado pelas autoridades argentinas, e em um segundo momento eles poderão eventualmente ter acesso a outros serviços bancários e de pagamentos.

“A expansão do nosso ecossistema global reflete o compromisso do Inter em atender a essa demanda existente na América Latina por meio de parcerias estratégicas, garantindo escala para o negócio enquanto oferecemos recursos sem fronteiras e sem custos operacionais significativos”, afirma em nota João Vitor Menin, CEO Global do Inter.

Inter segue os passos do Nubank?

Em meados do ano passado Menin já havia comentado sobre as ambições globais do Inter e possibilidade de expansão para outros países da América Latina. Questionado sobre o assunto em novembro, o vice-presidente financeiro do Inter, Santiago Stel, que é argentino, não adiantou muitos na ocasião, afirmando que o foco são os 3,6 milhões de clientes da conta global e os mais de 250 mil clientes que o banco já possui nos EUA.

“Continuamos focados nos brasileiros e latinos que moram nos EUA, depois vamos evoluindo essa expansão. Mas podemos perfeitamente expandir nosso modelo para outros países”, disse Stel alguns meses atrás.

Embora por outros caminhos, o Inter parece seguir os passos do Nubank, que iniciou sua operação no Brasil e depois expandiu para México e Colômbia. O fundador e CEO global do Nubank, David Vélez, também demonstrou interesse pela .

Durante evento em São Paulo em outubro, ele foi questionado se essa seria uma possibilidade. “Sim, estamos olhando para a Argentina, é impossível ignorar o que [o presidente Javier] Milei está fazendo. Ainda é cedo para tomar uma decisão, vamos ver o que vai acontecer em 12, 24 meses. Mas a velocidade em que a situação está mudando impressiona todo mundo. Definitivamente, estamos curiosos com o que está acontecendo lá.”

Com informações do Valor Econômico

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