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A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) contestou dados do Banco Central sobre o uso do Bolsa Família em apostas. O BC afirmou que beneficiários gastaram R$ 3 bilhões em agosto. A ANJL questiona a precisão dos dados e destaca que apenas 5% das apostas são feitas por mulheres, enquanto 80% dos benefícios vão para elas. A ANJL também lançou um projeto para combater a ludopatia.
A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que representa as bets, contestou nesta terça-feira (1) o Banco Central (BC) sobre o uso de recursos do Bolsa Família em apostas esportivas.
Na semana passada o BC informou que só em agosto cinco milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em plataformas digitais de apostas.
“O dado do BC pode ter imprecisões”, disse o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, em coletiva com jornalistas nesta terça..
Dessa forma, segundo ele, a entidade não tem dados setoriais para contestar o BC, mas alguns indícios chamam a atenção da associação.
Então, segundo o executivo, apenas 5% das apostas dos associados da entidade são feitos por mulheres.
Enquanto isso, cerca de 80% dos benefícios do Bolsa Família vão justamente para mulheres.
Dessa maneira, vale lembrar que a ANJL tem dez associadas que, segundo ela, representam aproximadamente metade do movimento em apostas esportivas no país.
Pelos dados do ministério da Fazenda há até o momento 182 pedidos de casas de bets para operarem oficialmente no país no ambiente que será regulado a partir de janeiro de 2025.
A própria associação estima que o setor como um movimentará por volta de R$ 150 bilhões neste ano.
Ação de combate à ludopatia
A ANJL ainda anunciou nesta tarde uma plataforma de saúde mental. Trata-se de acordo com a associação de projeto piloto para combate ao vício em jogos. A esse vício se dá o nome de ludopatia.
O programa com duração prevista de dois meses terá investimento de R$ 790 mil das plataformas de bets para identificar e tratar jogadores compulsivos.
O projeto tem a meta de atender cerca de mil pessoas presencialmente em regiões mais pobres da capital paulista. Entre elas, os bairros de Heliópolis, Paraisópolis e Nova Jaguaré.
Além disso, o programa terá atendimento remoto para cerca de 20 mil pessoas. O acesso neste caso será por telefone, por meio de WhatsApp, no número (11) 94066–2425.