Braskem desembolsa R$ 17,7 bilhões com desastre ambiental em Maceió

Empresas citadas na reportagem:
As despesas da Braskem com o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, relacionados à antiga mineração de sal-gema da companhia, seguem drenando o caixa da petroquímica. Com o anúncio de provisão adicional de R$ 1,3 bilhão, decorrente da revisão do programa de fechamento das cavidades da mina, a conta total com o problema geológico e socioambiental em Alagoas chegou a R$ 17,7 bilhões.
O reconhecimento do valor adicional no quarto trimestre, em meio ao pior ciclo de baixa da indústria petroquímica global, foi um dos principais fatores para o consumo de caixa de R$ 542 milhões reportado pela Braskem no período, quando a geração operacional de caixa ficou em R$ 1,13 bilhão.
De acordo com o vice-presidente financeiro da companhia, Felipe Jens, o aumento das provisões se deve à indicação da consultoria técnica alemã Institut für Gebirgsmechanik (IfG), contratada pela Braskem, de revisão do método de fechamento de 11 cavidades da mina de sal-gema, que atualmente estão tamponadas ou pressurizadas. Agora, essas cavidades serão preenchidas com algum material sólido a partir de 2027.
“Esse valor poderá sofrer variação no futuro, eventualmente para menos, com o advento de novas técnicas que permitam garantir a estabilização das cavidades”, afirmou ele, em teleconferência com jornalistas, nesta quinta-feira (27). “Com isso, terminamos 2024 com 100% das cavidades provisionadas”.
Das 35 cavidades, 18 estão fase de preenchimento com material sólido, 6 estão naturalmente estabilizadas e 11 serão preenchidas com material sólido. Dessa forma, os gastos provisionados com fechamento da mina somam R$ 2,6 bilhões.
Até agora, a Braskem já desembolsou R$ 12,7 bilhões com Maceió. “Acreditamos que todo o valor devido a Alagoas está provisionado”, afirmou.
*Com informações do Valor Econômico
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