Brava Energia espera interligar poços do FPSO Atlanta até o fim do 2º trimestre

A Brava Energia espera concluir, até meados do ano, a perfuração e interligação dos poços do campo de Atlanta ao navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) do mesmo nome. Situada na Bacia de Campos, a unidade começou a produzir o primeiro óleo no fim de dezembro, com a conexão aos dois primeiros poços de produção. […]

A Brava Energia espera concluir, até meados do ano, a perfuração e interligação dos poços do campo de Atlanta ao navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) do mesmo nome. Situada na Bacia de Campos, a unidade começou a produzir o primeiro óleo no fim de dezembro, com a conexão aos dois primeiros poços de produção.

A expectativa da empresa é que dois novos poços estejam perfurados e conectados ao FPSO até o fim do primeiro trimestre e que os dois últimos estejam concluídos e enviando óleo para a plataforma até o fim do segundo trimestre, disse, ao Valor, o presidente da Brava Energia, Décio Oddone. A Brava Energia é dona de 80% de participação no Campo de Atlanta.

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O FPSO tem capacidade de produzir 50 mil barris por dia (barris/dia) de petróleo e, no momento, está com processamento da ordem de 23 mil barris/dia. Atlanta substituiu a antiga plataforma, Petrojarl I, que era afretada e agora será devolvida à Altera, dona do ativo, contou o executivo. “Estamos nos últimos trabalhos de desconexão”, disse Oddone.

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Investimentos de US$ 1,23 bilhão

Para o executivo, a operação de Atlanta foi bem sucedida diante do fato de que 98% dos grandes projetos, com orçamento acima de US$ 500 milhões, costumam ter atrasos em relação ao cronograma. A implantação do FPSO Atlanta demandou investimentos de US$ 1,23 bilhão.

“Foi um final de ano promissor. O projeto não só não atrasou como entrou em operação muito rápido, com menos tempo do que se costuma levar para produzir”, disse Oddone.

Sem citar projeções, a expectativa é de um salto na produção da companhia, uma vez que há ainda no radar a abertura e conexão de dois novos poços de produção no campo de Papaterra, o que deve ocorrer até o fim do ano. “Isso coloca a Brava Energia em um outro patamar.”

Papaterra tem uma plataforma com capacidade de 14 mil barris/dia. Ao portfólio da companhia, a Brava adicionou recentemente a fatia de 23% no Parque das Conchas, com a conclusão, no fim de 2024, da aquisição das mãos da Qatar Energy. O negócio adicionará, proporcionalmente, cerca de 6 mil barris/dia na produção da Brava Energia, estima.

Com o dólar mais caro, cotado acima de R$ 6, e uma possível maior produção, a Brava Energia espera uma geração maior de receitas em 2025. Apesar dos ônus para a economia, empresas de commodities tendem a ser beneficiadas pela valorização da moeda americana. E no caso da Brava Energia, segundo o executivo, parte da base de custos está em reais, o que tende a aumentar os ganhos, já que as despesas não crescem na mesma proporção.

Petroleira independente

“Esperamos, com isso, remunerar adequadamente o acionista, acima do mínimo regulatório [de 25% do lucro líquido]”, afirmou. A Brava Energia é a empresa resultante da fusão entre as petroleiras independentes 3R Petroleum e Enauta.

Atlanta é o primeiro projeto de exploração de petróleo no país produzido desde o início por uma petroleira independente – em geral, campos de petróleo tendem a ser arrematados em leilões e desenvolvidos por petroleiras de grande porte (as “majors”), como Petrobras, Shell e Equinor.

*Com informações do Valor Econômico

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