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China barra uso de chips da Intel e AMD em computadores do governo
A China aprovou medidas para impedir que microprocessadores da Intel e AMD, produzidos nos EUA, sejam usados em computadores e servidores de seu governo, segundo uma reportagem do Financial Times publicada no domingo (24). A norma também atinge o sistema operacional Windows, da Microsoft, e programas de banco de dados, que serão substituídos por opções domésticas.
Agências do governo acima do nível municipal foram instruídas a usar opções “seguras e confiáveis” em substituição aos chips das empresas americanas. Uma lista traz sugestões de 18 processadores aprovados, fabricados por empresas chinesas como Huawei e a estatal Phytium. As regras foram apresentadas em dezembro pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e intensificam a longa guerra comercial tecnológica entre a China e EUA, que também vêm bloqueando produtos chineses.
Em 2023, a China foi responsável por 27% da receita total da Intel (US$ 54 bilhões ou R$ 269 bilhões) e 15% das vendas totais da AMD (US$ 23 bilhões ou R$ 114 bilhões). Embora não seja possível identificar quanto dessas vendas foram feitas ao governo chinês, a medida deve causar um impacto às empresas norte-americanas.
O movimento é considerado o mais agressivo até agora para restringir o uso de tecnologia americana em território chinês. Os EUA também vêm bloqueando a entrada de produtos de tecnologia chineses.
Em agosto de 2023, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva para bloquear e regular os investimentos em alta tecnologia de empresas dos EUA na China. Posteriormente, o Departamento de Comércio dos EUA também ampliou a proibição de venda de chips de IA para a China.
O anúncio acontece poucos dias após a aprovação de uma lei nos EUA que cria incentivos e subsídios às fabricantes de semicondutores e chips avançados nos EUA e que garantiu à Intel um aporte de US$ 20 bilhões. Além disso, o congresso americano aprovou no dia 12 de março uma lei que pode banir do país o aplicativo chinês TikTok, desde que ele seja vendido a uma companhia local, sem relação com a ByteDance, acusada de compartilhar dados de cidadãos americanos com o governo da China.
Com informações do Estadão Conteúdo
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