David Vélez diz que Nubank quer ser plataforma global: ‘Não apenas uma carteira digital’

CEO indica que Nubank vai testar modelo em outros países além da América Latina

O fundador e CEO global do Nubank (ROXO34), David Vélez, afirmou que o banco vai testar seu modelo em outros países além da América Latina. Sem dar detalhes, ele afirmou que o objetivo do banco é construir uma plataforma global de varejo.

“A internacionalização não é tão fácil porque não queremos ser apenas uma carteira digital onde você deixa algum dinheiro. Queremos ser o principal banco dos nosso clientes, e para isso precisamos de licenças, parceiros locais. Mas vamos testar em mais países nos próximos anos”, comentou em teleconferência com analistas.

Segundo ele, o modelo é o mesmo que foi feito no Brasil, Colômbia e México: baixo investimento inicial e, depois de ganhar confiança, elevar os investimentos.

Vélez afirmou que o nível de despesas do Nubank não deve mudar muito este ano, porque os investimentos já estão no dia a dia das equipes. Ele apontam que de 30% a 40% dos funcionários trabalham em produtos que ainda não geram receita, ou seja, estão investindo no futuro.

Questionado sobre o cenário macroeconômico no Brasil, Youssef Lahrech, vice-presidente operacional, afirmou que o Nubank “não é cego” para a deterioração da atividade.

“Eu não diria que não estamos preocupados”, comentou, afirmando que o banco sempre assume que o cenário será o pior possível. Ainda assim, ele afirmou que o banco já viveu muitas crises no Brasil e que a carteira é bastante resiliente.

“As decisões que tomamos nos bons tempos determinam como serão os tempos difíceis. Construímos uma carteira resiliente, que consegue absorver duas vezes o risco que temos e ainda ser rentável”.

Com informações do Valor Econômico

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