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Diversidade ajuda empresas a atrair talentos, clientes e inovação, diz diretor do Fórum de Empresas LGBTI+
As empresas vêm percebendo que atrair diversidade de orientação sexual e identidade de gênero ao ambiente corporativo é uma forma de agregar valor aos negócios. É o que afirma Reinaldo Bulgarelli, secretário-executivo do Fórum de Empresas LGBTI+, neste Dia do Orgulho LGBT, que é comemorado mundialmente nesta sexta-feira (28).
“É tudo junto ao mesmo tempo. Além disso, é um jeito de ser e de fazer negócios e de se relacionar com diferentes públicos. As empresas percebem que isso também adiciona valor para a organização nos seus mais diferentes pontos”, diz Bulgarelli à Inteligência Financeira.
“São várias frentes. Atração de talentos, de clientes e de fornecedores. Diversidade faz você ter acesso a novas ideias e novas perspectivas, e isso resulta em inovação”, explica o especialista. Reinaldo Bulgarelli participou nesta sexta do evento “Itaú Unibanco é laranja e também de todas as cores”, que marcou o Dia do Orgulho LGBT.
O Fórum de Empresas LGBTI+ reúne 197 empresas. Nesta sexta, a Raízen vai engrossar a lista, formalizando a adesão ao grupo. Entre as signatárias, estão algumas das maiores empresas do Brasil, de diversos setores.
As empresas que configuram como “apoiadores pleno” do Fórum são: Adyen, Atento, Ball, C6 Bank, Casas Bahia, Coca-Cola, Itaú Unibanco, John Deere, Lojas Renner, Microsoft, PwC, Reckitt, Sompo Seguros, Vale, Veirano, Vivo e Webtec
O desafio das empresas no Dia do Orgulho LGBT
De acordo com Reinaldo Bulgarelli, a pauta da diversidade, para as empresas, anda junto com a construção de um mundo mais sustentável. A famosa agenda ESG (Ambiental, Social, Governança, na sigla em inglês).
“As empresas estão escolhendo os caminhos de um mundo mais sustentável. É a escolhe de um futuro possível, para termos uma condição mais sustentável. Diversidade é uma parte importante dessa agenda. Não só porque inclui pessoas à margem, mas também porque quando você pensa em um mundo sustentável, ele será sustentável para quem e com quem?”, questiona.
Para o especialista, muitas empresas estão compromissadas com a pauta da diversidade mas ainda precisam de ajuda em demandas simples. “Estamos construindo soluções em processos, políticas e procedimentos. No caso da contratação de pessoas trans, por exemplo, ajudando a resolver questões internas como nome social e carteirinha de saúde”, afirma.
Bulgarelli afirma que o Fórum conta com um comitê dos presidentes das empresas, que veem agora a necessidade de influenciar políticas públicas.
O objetivo é se aproximar do Estado e dos diferentes poderes para influenciar novas regras que facilitem e incentivem as contratações. “Queremos que as empresas sejam vistas como parte da solução. Não só apoiando organizações, mas falando mais e melhor sobre direitos humanos e as pessoas LGBTI+”, conclui.
Dia do Orgulho LGBT
Comemora-se o Dia do Orgulho LGBT em 28 de junho por ser a data em que eclodiu, em 1969, a Revolta de Stonewall. Na noite daquele dia, a polícia de Nova York invadiu o bar Stonewall Inn, ponto de encontro da comunidade LGBTI+ na cidade. Era a terceira vez naquela semana.
Em reação à abordagem, frequentadores do Stonewall e de outros bares foram às ruas. Eles protestavam contra a violência policial contra lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgêneras. O ineditismo desse movimento inspirou protestos semelhantes nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
Na roda de conversa desta sexta, Reinaldo Bulgarelli conta que o que aconteceu em Stonewall inspirou a criação do chamado Movimento Homossexual Brasileiro, do qual ele participou nos anos de 1970 e de 1980.
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