Luiza Trajano: ‘Sou uma política, mas não filiada a partidos. A desigualdade é responsabilidade de todos’
Em entrevista a IF, a presidente do conselho de administração do Magalu fala sobre sua participação política no grupo Mulheres do Brasil, que criou, a luta pela diversidade no Legislativo e sua ambição de construir um país mais justo
Bastante conhecida por ser uma empresária bem sucedida e presidente do conselho de administração de uma das maiores redes varejistas do Brasil, Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, também se destaca por suas posições políticas.
Diante disso, o alinhamento mais forte de Luiza (como gosta de ser chamada) com políticas públicas começou na pandemia. Quando ela criou um movimento de homens e mulheres empresários para acelerar a vacinação contra a covid aqui no Brasil.
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Mulheres do Brasil
A partir daí, ela não parou, e o mais interessante, sem se filiar a nenhum partido político.
“Se você estudar história, a grande transformação dos países veio de um movimento da sociedade civil organizado. Eu sempre acreditei nisso. E, por isso, há nove anos a gente montou o grupo Mulheres do Brasil. É um grupo apartidário, mas é político”, conta.
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De acordo com a empresária, atualmente o grupo, que conta com 110 mil mulheres de todos os segmentos, trabalha 22 causas. “Nós temos de mulheres de comunidade a executivas. E é um grupo político”, reitera.
Como ser política, mas sem partido?
Na entrevista para IF, Luiza Trajano conta que dentro do grupo Mulheres do Brasil existe um comitê de políticas públicas, que se une em prol de diversos objetivos.
“Agora, por exemplo, o grande objetivo do grupo se chama ‘Pula pra 50’. Que quer dizer que a gente quer, (nos próximos) 4 anos, 50% das mulheres no Senado, (como) deputada federal, deputada estadual e vereadora”, afirma.
Luiza Trajano: ‘Nós somos a favor da democracia’
Então, segundo a empresária, para consolidar o movimento “Pula pra 50”, assim como outros objetivos, foram convidados cerca de 30 movimentos que trabalham a favor de políticas públicas.
“(Além disso), nós somos a favor da democracia, da liberdade de imprensa, da igualdade de todos os segmento. Nós queremos escola e educação para todos”, esclarece.
E Luiza Trajano reitera: “eu não sou candidata. Fui muito convidada, mas não me filiei a partido algum. Se a esquerda está fazendo coisa boa, eu sou esquerda. Se a direita está fazendo coisa boa, eu sou de direita. Eu sou política, partidária é que eu não sou. Eu me assino como política e o grupo Mulheres do Brasil tem como objetivo ser um grupo político apartidário.”
Uma luta de todos
Ainda segundo a opinião da empresária, o que não pode continuar é a desunião entre brasileiros. “A gente tem que ter um processo, mas acho que é um aprendizado tudo isso, né? Sem agressividade, mas é um aprendizado”, acredita.
Dessa forma, para Luiza, a desigualdade social é uma responsabilidade de todo mundo. “Ela afeta seus filhos, seus netos, sua segurança, ela afeta tudo. Nós, da sociedade, temos que lutar junto com os políticos, porque tem políticos muito bons também, e criar leis que funcionem”, afirma.
E para finalizar, a empresaria, como sempre, se mostra bastante otimista em relação ao Brasil. “É um país que tem de tudo economicamente para vencer. Tem consumo, que é necessário. E é um consumo que precisa da casa para morar, que é dignidade”, diz.
A seguir, você assiste a entrevista completa que Luiza Trajano concedeu ao Visão de Líder, da Inteligência Financeira. Além de política, ela falou também sobre:
- Visão de mercado;
- Crise econômica e lições que aprendeu nestes momentos;
- Pessoas que admira;
- Empreendedorismo;
- Enfrentamento da pandemia;
- Como ela, Luiza, se imagina daqui 10 anos;
- Quem gostaria de ser no Metaverso;
- O que é inteligência financeira para a empresária.