Estamos lutando para obter a licença da Margem Equatorial antes que a produção decline, diz diretora da Petrobras
A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, disse nesta segunda-feira (23) que a estatal está lutando para conseguir a licença na Margem Equatorial antes que a produção do país comece a declinar.
Ao participar da ROG.e, antiga Rio Oil and Gas, promovida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), a executiva afirmou que está otimista sobre o avanço do tema. “A Petrobras tem investido em atender os pedidos do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente]. Estamos confiantes de que fizemos tudo o que podíamos.”
Mais cedo, no mesmo evento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a reiterar que o país não abrirá mão de decidir sobre a exploração do pleno potencial de reservas, citando como exemplo a Margem Equatorial.
“Vamos avançar com responsabilidade, cumprindo critérios sociais e ambientais. Enquanto houver demanda por petróleo e gás, o Brasil seguirá nesse mercado”, disse Silveira.
Namíbia
Sylvia Anjos também afirmou que, ainda que a prioridade da estatal seja explorar e produzir petróleo no Brasil, a companhia também analisa oportunidades fora.
“O fato de a geologia do continente africano ser muito próxima da brasileira faz com que a África seja um bom lugar”, disse a repórteres. “A Namíbia é espelho do Brasil, então também está incluída [nas prospecções]. Já tivemos blocos em Angola no passado.”
Mais cedo, o presidente global da Total Energies, Patrick Pouyanné, disse que tem conversado com a Petrobras sobre as ambições da estatal brasileira em atuação internacional. “Se a Petrobras quiser se juntar a nós em parcerias internacionais, seria ótimo”, disse Pouyanné. Questionado sobre quais seriam essas parcerias, o executivo afirmou que são “discussões comerciais”. “Estamos conversando. Magda [Chambriard] confirmou interesse em explorar a bacia do Atlântico.”
Questionada sobre a parceria, a diretora da Petrobras diz que também está avaliando. “Temos parcerias com todas as empresas e estamos sempre analisando.”
*Com informações do Valor Econômico
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