Eve recebe R$ 200 milhões do BNDES para protótipo de ‘carro voador’
A Eve Air Mobility (Eve), subsidiária da Embraer, anunciou nesta segunda-feira (2) ter recebido aprovação para um financiamento no valor de R$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desenvolver os próximos protótipos do eVTOL, popularmente conhecido como ‘carro voador’. Os recursos também serão utilizados para fabricar os primeiros modelos […]
A Eve Air Mobility (Eve), subsidiária da Embraer, anunciou nesta segunda-feira (2) ter recebido aprovação para um financiamento no valor de R$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desenvolver os próximos protótipos do eVTOL, popularmente conhecido como ‘carro voador’.
Os recursos também serão utilizados para fabricar os primeiros modelos comerciais e para a realização de voos para certificação. A empresa lançou o primeiro protótipo em escala real do “carro voador” em julho. Desde então, vem realizando uma série de testes operacionais e de segurança com o eVTOL.
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“O apoio contínuo do BNDES é fundamental para o avanço do nosso programa de eVTOL e a transição do desenvolvimento do protótipo para a certificação e a produção. Esse financiamento fortalece ainda mais nossa posição financeira e fornece os recursos necessários para atingir nossos principais marcos, incluindo a certificação e a comercialização do nosso eVTOL”, disse o presidente da Eve, Johann Bordais, em comunicado.
Os recursos para o financiamento serão oriundos do Fundo Clima, que oferece taxas de juros de 1% a 8% ao ano para projetos, estudos e empreendimentos voltados à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos da mudança do clima.
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De acordo com o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luís Gordon, o “carro voador” se enquadra na modalidade “indústria verde” do Fundo Clima que prevê investimentos em desenvolvimento tecnológico de bens e serviços voltados à descarbonização, com redução da emissão de gases de efeito estufa e foco na eficiência e qualidade de vida.
“Além disso, se trata de um projeto inovador, alinhado à nova política industrial do governo federal”, observou também em nota.
A categoria “indústria verde” opera com taxa de 6,15% ao ano e prevê investimentos em desenvolvimento tecnológico de bens e serviços voltados à descarbonização, com redução da emissão de gases de efeito estufa e foco na eficiência e qualidade de vida.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, lembrou que R$ 700 milhões já foram aprovados para a produção do carro voador. Em outubro, a instituição aprovou R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de Eve em Taubaté, no interior paulista. Os recursos foram oriundos do programa BNDES Mais Inovação.
“O BNDES foi fundamental para a instalação da fábrica do carro voador em Taubaté, garantindo empregos de qualidade na região do Vale do Paraíba. Depois de financiar a primeira fase do desenvolvimento do próprio veículo, financiaremos a segunda fase que culminará com a versão final a ser comercializada. Além de apoiar um projeto inovador, estamos investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva, que também é verde e contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional no mercado mundial e para a transição energética”, afirmou em comunicado.
A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) publicou recentemente os critérios finais de aeronavegabilidade para o eVTOL da Eve. A publicação é considerada um passo importante para a liberação da operação dos carros voadores no país.
*Com informações do Valor Econômico