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Fundadores da Melnick voltam a ser maiores acionistas, com 47% de participação
A incorporadora gaúcha , comprou 20,67% das ações da companhia, ou 42,6 milhões de ações ordinárias, eaAgora, passa a deter 46,7% das ações e se torna a “acionista de referência”.
O fundo Real Investor também aumentou sua participação no negócio, de 10% para 17,8%, se posicionando como segunda maior acionista da empresa. A gestora também é a segunda maior acionista da Even, com 9,78% de participação.
A Real Investor indicou um conselheiro independente para a Melnick, Matheus Gasparotto Candido. Fernando Tornaim foi eleito suplente.
Saída da Even
A chegou a ter 43% de participação no negócio. Em agosto deste ano, a empresa deixou de ser controladora da Melnick, ao reduzir sua participação de 27,68% para 14,5%, o que cancelou o acordo de acionistas entre as companhias.
Leandro ou na Even”, afirma.
A avaliação de analistas do setor imobiliário vai nessa linha. Perguntados, na semana passada, sobre a separação entre as empresas, Fanny Oreng, do Santander, e Ygor Altero, da XP, afirmaram que o movimento era positivo, porque as empresas atuam em cidades muito diferentes.
Embora o valor das ações da recuavam 26,1% neste ano, nesta quinta-feira (24), a R$ 3,54, e as da Even, de 7,62%.
A parceria entre as duas empresas começou no período de expansão nacional da Even, em 2008, logo após o IPO. A Melnick foi uma das incorporadoras com as quais a empresa paulistana fez negócios, e foi a joint-venture que restou desse período.
Futuro da Melnick
A Melnick passou de uma empresa “que nem estava entre as dez grandes do Rio Grande do Sul”, diz Leandro, para a única de capital aberto no Sul.
De janeiro a setembro deste ano, a incorporadora soma R$ 843 milhões em valor geral de venda (VGV) lançado, alta de 25%, com vendas líquidas estáveis em R$ 601 milhões. Até junho, dado mais recente, houve geração de caixa de R$ 112 milhões, alta de 307%. Já o lucro líquido recuou 96% no período, para R$ 1,56 milhão.
Sem o holofote dado pela Even, a Melnick vai reforçar o trabalho de relações com investidores, conta Leandro. “Pensamos em estar mais presentes dentro do mercado de capitais de São Paulo, para não correr o risco de ficar um pouco esquecidos”, diz.
Boa pagadora de dividendos
A companhia quer ser reconhecida como uma boa pagadora de dividendos. O executivo destaca que, desde o IPO, a empresa distribuiu quase 100% do seu lucro. Foram R$ 253,4 milhões em dividendos.
Segundo Leandro, na prática, é agora que a empresa vai começar o ciclo de crescimento com o capital obtido no IPO. Esse plano envolve estar mais presente no segmento econômico, onde tem a marca Open, e entrar em outros estados do Sul via parcerias, com a marca MPartners.
*Com informações do Valor Econômico
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