Gerdau (GGBR4) pode cortar investimentos no Brasil se governo não proteger indústria do aço

CEO da Gerdau afirma que a empresa pode rever seus investimentos no Brasil se o governo não tomar medidas para proteger a indústria nacional do aço da concorrência desleal

O CEO da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, disse em entrevista a jornalistas que se o governo brasileiro não implementar medidas de proteção à indústria de aço no Brasil, a empresa pode rever novos investimentos no Brasil.

Segundo o executivo, a indústria brasileira vem perdendo espaço, e é essencial que o governo garanta condições justas de competição. A preocupação com a manutenção dos investimentos no país cresce, especialmente diante da inauguração de uma nova linha de produção de bobinas, que já enfrenta dificuldades para competir devido ao aumento das importações.

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“É fundamental para o governo federal colocar medidas de defesa comercial também, porque se não forem colocadas, a gente vai repensar o nosso nível de investimento no Brasil. A gente continua investindo, continua confiante, mas à medida que a gente não vê ações mais robustas do governo federal para defender uma competição de igual para igual, a gente vai repensar o nível de investimento que a gente tem feito no Brasil”, diz.

O Brasil chegou a implantar medidas de defesa comercial em meados de 2024 por meio de cotas de importação definidas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas a percepção do setor é que isso ainda não foi eficaz e a escalada do aço asiático entrando no Brasil deve se manter firme em 2025.

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“A indústria do aço luta contra uma competição desleal que vem acontecendo no mundo. Especialmente porque a China tem um excedente de capacidade produtiva e ela, para poder manter emprego e renda, subsidia com dinheiro público e faz com que esse aço circule pelo mundo entrando em condições competitivas não isonômicas. Então isso não está de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirma.

*Com informações do Valor Econômico

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