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Gol diminui prejuízo trimestral em 36% ante 2023
A companhia aérea Gol fechou o terceiro trimestre de 2024 com um prejuízo líquido de R$ 830 milhões, queda de 36% na comparação anual. De acordo com os números da empresa, o resultado foi sustentado por uma manutenção na demanda, assim como variações cambiais. Mas a empresa destacou um cenário tarifário complexo diante da desvalorização cambial, que teria levado a uma tarifa média insuficiente no período frente aos custos.
A receita da empresa foi de R$ 4,9 bilhões, alta de 6,3% na comparação anual. Apenas a receita com o transporte de passageiros subiu 5%, para R$ 4,46 bilhões.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 491 milhões, queda de 60,7%. O Ebitda recorrente foi de R$ 1,19 bilhão, queda de 4,6% na comparação anual. O resultado, segundo a empresa, veio diante da menor diluição de custos resultante da redução de oferta em 2024, assim como a depreciação cambial de 13% no período. A margem Ebitda recorrente foi de 24%, queda de 2,8 ponto percentual.
No período, a empresa aumentou sua oferta (medida em assentos por km oferecidos, ASK) em 6,7%.
No geral, foram transportados 8 milhões de passageiros no terceiro trimestre, queda de 1,6% na comparação anual.
O cenário tarifário foi pouco favorável no trimestre. Segundo a Gol, a receita líquida total unitária por assento-quilômetro (Rask) teve uma leve queda de 0,3%, para R$ 0,43. Já o preço pago para voar um quilômetro (yield) recuou 1%, para R$ 0,465. O cenário, contou a empresa, “reflete condições de mercado com uma tarifa média insuficiente para fazer frente à desvalorização cambial observada no período (superior a 13%)”.
Aeronaves
A Gol fechou o terceiro trimestre ano com uma frota de 138 aeronaves, sendo 49 do modelo Max, a mais nova geração da Boeing. No período, a empresa recebeu duas aeronaves Max 8 e devolveu cinco NG dentro do plano de renovação.
“Apesar dos impactos significativos devidos aos atrasos no cronograma de entrega das aeronaves Boeing, a Gol conseguiu aumentar sua frota operacional em cinco aeronaves frente ao último trimestre (107 vs 102 no segundo trimestre de 2024), devido principalmente ao plano de recuperação de frota dentro do processo de Chapter 11, que reduziu o número de aeronaves fora de operação”, disse a empresa.
Sobre a frota, a Gol lembrou que em setembro de 2024 a empresa concluiu as negociações comerciais com seus arrendadores de aeronaves e motores restantes e todos os acordos de reestruturação foram aprovados pela corte de Nova York. No total, foram aprovados acordos de reestruturação para 139 aeronaves e 58 de motores sobressalentes, cujas assinaturas dos contratos definitivos estão em andamento.
A Gol fechou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 27,58 bilhões, alta de 43% na comparação anual, reflexo do efeito da variação cambial sobre o empréstimo com pagamento prioritário dentro do Chapter 11 (o chamado DIP).
*Com informações do Valor Econômico
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