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América Latina inteira ‘inveja’ o Pix, diz fundador da fintech argentina Ualá
O fundador e CEO da fintech argentina Ualá, Pierpaolo Barbieri, afirmou que a América Latina inteira, e talvez o mundo, “inveja” o Pix, sistema de pagamento em tempo real criado pelo Banco Central.
Em um evento em São Paulo, ele comentou que, apesar da digitalização dos últimos anos no mundo e de uma sociedade sem dinheiro físico ser tópico de discussão, metade da população adulta na região não tem acesso a serviços bancários.
“Só no México temos 80 milhões de pessoas desbancarizadas, é quase duas vezes a população da Argentina. Ter metade da população da América Latina sem acesso a serviços bancários é uma dívida das nossas sociedades, das nossas democracias”, comentou.
Nesse momento ele mencionou que a situação no Brasil é diferente, com um BC que incentiva a inovação e a competição e com o Pix.
Fundada há sete anos, a Ualá opera na Argentina, México e Colômbia e tem quase 8 milhões de usuários. Segundo Barbieri, esse número deve dobrar nos próximos três anos.
“Somos a única fintech com licença bancária completa no México e conseguimos competir com custos 90% menores do que os incumbentes.”
Segundo ele, a Ualá usa inteligência artificial (IA) para várias coisas, como ajudar os desenvolvedores, na modelagem de crédito e no atendimento ao cliente.
O executivo lembrou que a fintech lançou nesta quarta-feira uma conta bancária gratuita em dólar na Argentina e deve anunciar ainda neste ano um grande projeto usando IA no atendimento ao cliente.
Sobre a situação do seu país natal, Barbieri disse que a busca de uma solução sustentável para reduzir a inflação é uma grande demanda social e política.
Segundo ele, as reformas estruturais que estão sendo feitas na Argentina pelo governo de Javier Milei, se bem sucedidas, devem ajudar a reduzir a inflação, atrair investimento estrangeiro e abrir novas oportunidades de negócio.
“O século 21 foi feito para a Argentina, se você pensar no que temos em termos de agricultura, recursos naturais, energia, mineração. Ficamos 20 anos com um desempenho inferior ao resto da América Latina e agora temos uma enorme oportunidade.”
Com informações do Valor Econômico
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