Minério de ferro em baixa: JPMorgan faz corte duplo em recomendação da Usiminas e reduz preços-alvos de Vale e CSN

Analistas do banco americano acreditam que a perspectiva de preços menores do minério de ferro nos próximos anos irá afetar diretamente as companhias da América Latina que lidam com a commodity

Unidade da Usiminas (USIM5). Foto: Divulgação
Unidade da Usiminas (USIM5). Foto: Divulgação

O JPMorgan fez um rebaixamento duplo na sua recomendação das ações de Usiminas, de compra para venda, cortando também o preço-alvo de R$ 11 para R$ 5,50, valor 6,5% menor do que o fechamento de sexta-feira (20).

O banco também cortou o preço-alvo de Vale de R$ 85 para R$ 77, potencial de alta de 34,3%, e dos recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 16,50 para US$ 15, potencial de alta de 44,2%, mantendo recomendação de compra.

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Por fim, diminuíram os preços-alvos de Bradespar de R$ 27,50 para R$ 24, potencial de alta de 31,4%, mantendo recomendação de compra.

Já o preço-alvo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) caiu de R$ 13,50 para R$ 13, potencial de alta de 16,8%, com recomendação neutra.

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Explicação dos analistas

Os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini escrevem que a perspectiva de preços menores do minério de ferro nos próximos anos irá afetar diretamente as companhias da América Latina que lidam com a commodity.

Eles reduziram suas perspectivas de preço da tonelada do minério de US$ 115 para US$ 110 neste ano.

Nos anos seguintes, de US$ 109 para US$ 100 em 2025 e de US$ 98 para US$ 95 em 2026.

Isso por conta da menor produção de aço na China e altos estoques da commodity.

“A curva de custos do minério ainda dá alguma sustentação aos preços, mas menor consumo de aço na China nos próximos anos será pesada”, comentam.

No curto prazo, a sazonalidade pode ajudar os preços a subirem nos próximos meses.

Preferências do JPMorgan no setor

A Vale permanece como preferência do J.P. Morgan no setor, vendo que as ações já estão com desempenho abaixo do minério.

Além disso, a companhia vem resolvendo situações de governança importantes, como a sucessão no seu comando.

No caso de Usiminas, o banco vê que os custos da siderúrgica não diminuíram no ritmo esperado, o mercado de aço continua pressionado no Brasil.

Além disso, a empresa será prejudicada pelas menores receitas vindas da venda de minério de ferro.

A CSN ainda se beneficia da diversificação de negócios, mas a CSN Mineração, mantida com recomendação de venda e preço-alvo em R$ 5, deve puxar os resultados consolidados da companhia como um todo para baixo nos próximos trimestres.

Com informações do Valor Econômico

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