O que explica o lucro da C&A (CEAB3) saltar quase 20 vezes no 2º trimestre?

A empresa afirma ter conseguido reagir e se adaptar às demanda das consumidoras por produtos de ano todo ou meia estação, o que favoreceu o resultado positivo

Fachada de loja da C&A - foto: divulgação
Fachada de loja da C&A - foto: divulgação

A C&A (CEAB3) registrou lucro líquido de R$ 83,9 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa alta de 1.885% em relação ao mesmo período de 2023.

De acordo com a companhia, o resultado reflete fatores como reversão de provisões referentes à incidência de ICMS sobre tarifas de energia elétrica, avaliadas em R$ 30 milhões.

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A receita líquida consolidada avançou 11,5% no comparativo trimestral, para R$ 1,83 bilhão. A linha de mercadorias somou R$ 1,7 bilhão de receita, alta de 10,1%, impulsionada pelo avanço de 13,1% na receita de vestuário, para R$ 1,53 bilhão.

Capacidade de resposta às demandas das consumidoras

“Mesmo com as temperaturas mais altas que a média para esta época do ano, conseguimos ter capacidade de reação e adaptação à demanda das consumidoras por produtos de ano todo ou meia estação”, aponta a companhia.

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Já o segmento de eletrônicos e beleza somou faturamento de R$ 176,9 milhões, queda de 10,8%. O resultado reflete as vendas de eletrônicos 26% menores, considerando o fechamento de quiosques da categoria, enquanto a categoria de beleza avançou 59%.

Serviços financeiros cresceu 86%

A divisão de negócios de serviços financeiros, que somado à divisão de mercadorias compõe a receita líquida consolidada, somou R$ 15,3 milhões em faturamento, alta de 86,1%. Com a queda de despesas gerais e administrativas, o resultado da divisão foi de R$ 10,2 milhões, revertendo resultado negativo de R$ 21,7 milhões no segundo trimestre de 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre abril e junho somou R$ 388,8 milhões, avanço de 40,2%. No critério ajustado, considerando outras receitas operacionais líquidas, receita financeira de fornecedores e recuperação de créditos fiscais e pagamentos relativos ao arrendamento mercantil, o Ebitda foi de R$ 359,5 milhões, alta de 28,8%. A margem Ebitda ajustada avançou 2,6 pontos percentuais, para 19,6%.

Menor endividamento

O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda dos últimos doze meses, ficou em 1,4 vez no segundo trimestre do ano.

O patamar no mesmo período de 2023 era de 3,8 vezes. Segundo a C&A, a melhoria do indicador reflete a amortização líquida de dívida de R$ 422 milhões.

Com informações do Valor Econômico.

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