Lucro da Engie cai 24,5% no 3º trimestre
A Engie Brasil Energia registrou lucro líquido ajustado de R$ 666 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 28,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido atribuído aos acionistas da controladora foi de R$ 655 milhões no trimestre, com redução de 24,5% sobre o mesmo trimestre de 2023. Leia […]
A Engie Brasil Energia registrou lucro líquido ajustado de R$ 666 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 28,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido atribuído aos acionistas da controladora foi de R$ 655 milhões no trimestre, com redução de 24,5% sobre o mesmo trimestre de 2023.
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Segundo os dados da companhia, o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,7 bilhão, queda de 5,8% em relação ao ano de 2023.
A receita operacional da empresa aumentou 0,9%, para R$ 2,5 bilhões. O diretor financeiro, Eduardo Takamori, diz que as restrições de geração de energia impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) às geradoras eólica e solar, por motivos operacionais (“curtailment”, no jargão do setor) representaram uma redução, em média, de 14% da geração dos ativos eólicos e solares da empresa. Contudo, a produção hidrelétrica compensou as perdas.
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“Isso foi em linha com o que ocorre no mercado brasileiro. Entretanto, a característica do nosso portfólio permite que isso seja neutralizado pelo resultado superior que nossas hidrelétricas tiveram no mesmo período. Então, para nós, isso não representou danos significativos, mas a gente vê isso com atenção”, afirma.
Outro ponto que ajudou a compensar foi a entrada antecipada da operação comercial do complexo eólico Serra do Assuruá, na Bahia. Por conta de um contexto difícil do setor de geração no Brasil, causado pela associação de excesso de energia no mercado, preços baixos e subsídios dados a setores que não precisam mais, Takamori, diz que a empresa agora avalia outras vias de crescimento.
“Vemos quatro caminhos principais: o primeiro é continuar o negócio de transmissão, porque conseguimos garantir receita de longo prazo (…), crescimento inorgânico via M&As [fusões e aquisições], já que em momentos desafiadores de mercado aparecem boas opções. E também olhamos os leilões de reserva de capacidade com hidrelétricas e leilão para baterias”, diz.
Entre os eventos extraordinários ocorridos no período, o mais importante foi que a empresa arrematou o lote 1 do leilão de transmissão, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em setembro. O lote foi arrematado com uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 252,2 milhões. O investimento previsto é de R$ 2,9 bilhões.
Em agosto, o complexo eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, foi finalizado, entrando 100% em operação comercial. A empresa francesa anunciou também que iniciou as obras de implantação do Sistema de Transmissão Asa Branca, que percorrerá os Estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo com 1 mil quilômetros de linhas de transmissão.
A dívida líquida da empresa fechou o trimestre em R$ 19,1 bilhões, montante 24,8% maior do que o observado no mesmo intervalo de 2023, motivado pelos investimentos em curso e somou R$ 7,5 bilhões no acumulado do ano. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida/Ebitda ajustado ficou em 2,7 vezes, alta de 0,6 ponto percentual em comparação com igual período do ano passado.
*Com informações do Valor Econômico