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Luiza Trajano, do Magalu (MGLU3), diz o que é preciso para manter as lojas físicas vivas
Empresas citadas na reportagem:
As lojas físicas devem continuar existindo, mas com uma abordagem diferente daquela que era implementada no passado. A fala é da presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Trajano, no “II Fórum Rio Empreendedor: Um tributo a Mauá”, no Rio.
“As pessoas me perguntam se as lojas físicas vão acabar. Bom, se acabassem, não teríamos quase 1,3 mil lojas. Acabamos de alugar o prédio da antiga Livraria Cultura, em São Paulo. Mas a loja física mudou de lugar, hoje é o digital com loja física e calor humano. Ela tem que ser transformada profundamente, não é a mesma coisa”, disse.
Magalu no Conjunto Nacional
Em meados de agosto, a rede varejista anunciou que alugou o espaço onde ficava a megaloja da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. A companhia ainda não informou a data para o início das operações.
De acordo com Trajano, a nova loja irá preservar os espaços históricos e culturais do local. Como o teatro Eva Hertz, instalado nas dependências da loja.
Quando o anúncio foi feito, o diretor-presidente do Magalu, Frederico Trajano, afirmou que a intenção é criar uma “loja conceito”. Com produtos de todas as marcas do grupo, incluindo Netshoes, KaBuM! e Época Cosméticos.
Então, a loja seguirá o modelo de negócio de “multicanalidade do Magalu”. A proposta é que os clientes possam encontrar ofertas e serviços como retirada na loja.
Enquanto os vendedores parceiros contarão com o espaço como “mais um ponto de entrega de itens vendidos no marketplace”.
Futuro do Magazine Luiza
“O propósito da nossa empresa é a nossa espinha dorsal. Fomos a primeira empresa a criar o [eixo] digital. A maioria dos nossos concorrentes já nasceram nesse ambiente, como Amazon e Alibaba”, disse Luiza Trajano.
Dessa forma, ela reforçou ainda que é necessário ter capacidade de adaptação se a empresa quiser perdurar. Para isso, é fundamental entender a dinâmica do varejo no mundo online. “O digital não é moda, é uma cultura”, destacou.
Sobretudo Trajano citou como um exemplo bem-sucedido da digitalização do Magalu a assistente virtual Lu. Que personifica a rede varejista e hoje tem o status de influenciadora digital — inclusive, fechando parcerias pagas com outras marcas.
A estratégia de humanização do Magalu criou tamanho vínculo e empatia com a audiência, que hoje a assistente se tornou “mais influente que a Barbie”, afirmou Trajano.
A executiva observou ainda que a Lu já foi capa de revista, participou de performances com artistas famosos e ganhou diversos prêmios – entre eles, o Leão de Ouro no Festival de Cannes, maior premiação de publicidade.
Com informações do Valor Econômico
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