Máquinas e divisão alemã da Romi são destaques no 4º tri, mas fundição e usinagem seguem pressionados

O quarto trimestre da fabricante de máquinas Romi foi marcado por bons desempenhos na entrada e na carteira de pedidos de dois dos segmentos de atuação. Na divisão máquinas, responsável pela maior parte das receitas, 66% do faturamento total, houve aumento de 37,9% na entrada de pedidos no trimestre, em comparação ao mesmo período de […]

O quarto trimestre da fabricante de máquinas Romi foi marcado por bons desempenhos na entrada e na carteira de pedidos de dois dos segmentos de atuação. Na divisão máquinas, responsável pela maior parte das receitas, 66% do faturamento total, houve aumento de 37,9% na entrada de pedidos no trimestre, em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo a companhia, desempenho foi impulsionado pela consolidação dos novos modelos de negócio, como a locação de máquina e a “fintech” Prodz.

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Já na divisão máquinas Burkhardt+Weber (BW), unidade localizada na Alemanha, o grande destaque foi o fechamento de novos projetos no quarto trimestre, que completaram a carteira de 2025, comentou Luiz Cassiano, diretor-presidente da companhia, em teleconferência com analistas e investidores realizada nesta quarta-feira (5).

Com relação à unidade de fundidos e usinados, Cassiano destacou que a companhia ainda enfrenta desafios com volume de vendas, especialmente devido à demanda dos setores agrícola e de energia renovável.

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“No entanto, estamos otimistas, pois a redução dos estoques dos nossos clientes agrícolas deve resultar em um aumento gradual nas entregas ao longo de 2025”, projetou. “Além disso, estamos iniciando o desenvolvimento de peças para um novo cliente do setor de energia renovável. O que também nos traz boas perspectivas”.

A unidade de fundidos e usinados foi a única das três a apresentar retração anual na entrada de pedidos no quarto trimestre e “segue enfrentando um ambiente desafiador”.

O mercado doméstico continua o responsável pela maior parte do faturamento da Romi, de 68% no acumulado de 2024, no entanto, houve uma redução de três pontos percentuais ante a participação de 71% em 2023. Segundo Fabio Taiar, diretor de relações com investidores, o recuo é explicado pela queda anual de 20,2% nas receitas da unidade de fundição e usinagem em 2024, que tem a origem do seu faturamento, majoritariamente, no Brasil.

Produção industrial no país

Nesta quarta-feira (5), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referentes a dezembro do ano passado. No estudo, a produção industrial caiu 0,3% em dezembro ante novembro. Essa foi a terceira queda mensal consecutiva na atividade industrial doméstica. Por outro lado, no acumulado de 2024, a atividade industrial avançou 3,1%.

Taiar comenta que o Índice de Confiança do Empresário no setor industrial tem estado no “limiar do otimismo” nos últimos meses, abaixo dos 50%. “A gente percebe que tem bastante atividade industrial. Porém, a indústria carece de uma perspectiva mais clara para que os empresários industriais se sintam mais confortáveis e confiantes para realmente realizar investimentos de médio prazo, mais planejados”, comentou.

Para a Romi, ainda há uma perspectiva positiva para 2025 e 2026, já que o volume total de novos pedidos, de R$ 241,5 milhões, deverá ser entregue nos próximos dois anos.

“Esse desempenho reflete a assertividade da nossa estratégia, que combina soluções customizadas para aplicações complexas com uma abordagem próxima e comprometida com o sucesso dos clientes. Com uma carteira fortalecida e perspectivas positivas, seguimos firmes na construção de um crescimento sustentável e na consolidação da nossa posição como parceiro estratégico de nossos clientes”, avaliou Luiz Cassiano, em carta aos acionistas.

*Com informações do Valor Econômico

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