Morgan Stanley paga US$ 249 milhões para encerrar investigação sobre venda em bloco
O acordo com o Morgan Stanley inclui o pagamento de multas de cerca de US$ 112 milhões à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais nos EUA
O Morgan Stanley concordou, nesta sexta-feira (12) em pagar US$ 249 milhões para resolver investigações criminais e regulatórias sobre acusações de que alguns de seus empregados compartilharam indevidamente informações sobre vendas de ações de clientes, disse o gabinete do procurador de Manhattan nos EUA.
O acordo encerra uma longa investigação sobre como o banco vendeu grandes blocos de ações para investidores institucionais. O Morgan Stanley obteve uma espécie de leniência que significa que não enfrentará acusações criminais desde que coopere com os pedidos dos procuradores durante três anos e não viole os compromissos.
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O acordo inclui o pagamento de multas de cerca de US$ 112 milhões à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais nos EUA.
“Temos o prazer de resolver essas investigações e estamos confiantes em melhorias que fizemos em nossos controles em torno da negociação em bloco”, disse o banco na sexta-feira em comunicado.
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Pawan Passi, um ex-executivo responsável pela negociação em bloco, admitiu que enganou os clientes de 2018 a 2021 sobre como lidaria com suas negociações. Ele concordou com uma proibição de um ano para não atuar no segmento de valores mobiliários e em pagar uma multa de US$ 250 mil à SEC.
Passi recebeu um acordo reservado para infratores de baixa gravidade sem antecedentes criminais. Seu acordo separado com a SEC permite que Passi volte a operar com corretagem após o término do prazo de um ano.
As negociações em bloco ocorrem quando um grande acionista, como uma empresa de private equity, deseja vender uma ampla quantidade de ações de uma só vez. Um banco como o Morgan Stanley se oferece para comprar o bloco com desconto em relação ao preço de fechamento do dia e depois vende as ações com uma pequena margem de lucro sobre o que pagou.
Nos anos que antecederam a investigação, o Morgan Stanley era o banco que mais atuava em transações em bloco. Os promotores disseram que Passi prometeu a alguns acionistas vendedores que manteria confidenciais suas operações potenciais, mas sabia que conversaria com os investidores e que eles usariam as informações para negociar antes das vendas em bloco.
Os potenciais compradores de ações em bloco, como fundos de hedge, às vezes vendem as ações quando ouvem sobre as vendas. Isso pode reduzir o preço que o acionista vendedor recebe.
O acordo do Morgan Stanley inclui US$ 64 milhões em ressarcimento, que serviria para compensar os vendedores prejudicados pelo vazamento de informações.
O acordo de fraude civil do banco com a SEC diz que as comunicações de Passi com os investidores reduziram o risco do Morgan Stanley na compra de negociações em bloco.
Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo