Olho na fusão? Gol e Azul dão novos passos em suas reestruturações de dívida

Gol busca US$ 1,25 bilhão em financiamento para reestruturação no Chapter 11, enquanto Azul avalia emissão de ações preferenciais por até R$ 1 bilhão. O sucesso de ambas é crucial para uma potencial fusão

Empresas citadas na reportagem:

A aéreas Gol e Azul, cujos acionistas avaliam uma potencial união de forças, comunicaram na manhã desta segunda-feira novos passos nos seus respectivos processos de reestruturação.

De um lado, a Gol comunicou ter levantado US$ 1,25 bilhão junto a investidores.

Já a Azul sinalizou estruturar uma potencial oferta de ações preferenciais, que pode atingir até R$ 1 bilhão.

A reestruturação das duas empresas é acompanhada de perto pelo mercado uma vez que o sucesso de um eventual negócio entre seus acionistas depende do êxito dessa arrumação de casa.

O que disse a Gol?

Em comunicado, a Gol disse que fechou um financiamento junto a investidores com o compromisso de adquirir até US$ 1,25 bilhão do total de US$ 1,9 bilhão (excluindo comissões a serem capitalizadas) em instrumentos de dívida, a serem emitidos na data de eficácia do plano de reestruturação previsto no procedimento de Chapter 11.

A empresa ainda não deu detalhes sobre quem são esses investidores.

“Os financiamentos de saída serão utilizados para o pagamento das obrigações previstas no financiamento na modalidade debtor-in-possession [DIP, ou seja, um empréstimo com garantia de recebimento antecipado concedido dentro do Chapter 11] celebrado pela companhia e suas subsidiárias no âmbito do Procedimento de Chapter 11, para o pagamento de custos da transação e para fornecer capital de giro e financiamento para as atividades operacionais da Companhia após a conclusão do Procedimento de Chapter 11”, disse a Gol.

O negócio está sujeito a determinadas condições precedentes, entre elas a própria aprovação pelo tribunal de Nova York, onde caminha a reestruturação da Gol.

A visão da Gol é concluir seu Chapter 11 até junho deste ano.

O que a Azul divulgou?

Já a Azul sinalizou ao mercado estudar uma potencial oferta de ações preferenciais no contexto de sua reestruturação.

Segundo matéria veiculada pelo jornal O Estado de S.Paulo na sexta-feira, a Azul quer ofertar ao mercado até R$ 1 bilhão em ações. A informação foi confirmada pelo Valor junto a fontes.

“Ressalta-se que, até a presente data, o conselho de administração da companhia não aprovou a efetiva realização da potencial oferta de ações preferenciais, nem seus termos e condições, os quais permanecem sob discussão e análise”, disse a Azul.

*Com informações do Valor Econômico

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