Carrefour: Península, da família de Abilio Diniz, apoia transação e converterá ações na B3 em papéis na França
Grupo prepara fechamento de capital no Brasil
A operação de compra de ações do grupo Carrefour na bolsa brasileira, e posterior fechamento de capital, recebeu total apoio da Península Participações, segunda maior acionista do Carrefour Brasil (CRFB3), disse a empresa de varejo em comunicado global na tarde desta terça-feira (11).
A empresa de investimentos da família Diniz ainda é a maior acionista da companhia na França, com cerca de 8,06% dos papéis.
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“A Península está convencida de que esta operação criará valor para todas as partes interessadas […] e decidiu optar pela alternativa em ações e, portanto, converterá todas as suas ações brasileiras em ações do grupo Carrefour”.
O grupo diz que a empresa dos Diniz acredita que a medida reforça sua confiança na direção e nas perspectivas da empresa, bem como no seu compromisso como primeiro acionista do grupo.
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Pelo quadro societário atual, a Península tem 7,2% das ações do Carrefour no país e 8,06% do capital da rede na bolsa de Paris.
No comunicado, a varejista reforça sua confiança no ativo no Brasil, destaca seu crescimento orgânico e as aquisições estratégicas, como o Makro, em 2020, e Grupo Big, em 2022, e diz que a medida permitirá uma gestão mais ágil e uma ênfase mais forte na execução operacional.
Essa questão da agilidade frente à concorrência e da melhora da execução de processos internos é um ponto de questionamento de acionistas da empresa no país há alguns anos. E um tema recorrente no mercado. A abertura de capital do grupo, na B3, ocorreu já dentro da expectativa que a entrada de Abilio Diniz no negócio agilizasse a tomada de decisões.
Já depois da abertura de capital, e meses antes de sua morte, Abilio ainda buscava avançar em ambas as frentes, especialmente na comunicação da empresa em relação ao mercado, e na tomada de decisões mais rápidas, algo que não evoluía da maneira como esperava, como o Valor noticiou na época.
Alexandre Bompard, CEO do Grupo Carrefour, disse no comunicado de hoje que a compra da totalidade das ações do Carrefour Brasil completa uma estratégia de construção de uma posição de mercado “inegável” e permitirá que a gestão local se concentre em impulsionar a excelência operacional e comercial”, disse.
“Estamos convencidos de que esta decisão constitui uma excelente oportunidade para a alocação dos recursos do grupo e gerará valor sustentável para nossos clientes, funcionários, parceiros e acionistas”.
Bompard ainda diz, reforçando o informado pelo grupo no Brasil, que foi criado há algumas semanas um comité independente para analisar a proposta do controlador.
“Após análise, esta comissão considerou o valor justo e propôs ao conselho de administração do Carrefour que recomendasse o preço”, diz o texto ao mercado.
Com informações do Valor Econômico