Petrobras aprova projeto da plataforma Búzios 12, no pré-sal da Bacia de Santos
Projeto, que terá capacidade de 180 mil barris/dia, vai viabilizar o escoamento de gás de outras plataformas, impulsionando a produção

A diretoria da Petrobras aprovou o projeto do novo navio-plataforma Búzios 12, que vai aumentar a produção do megacampo do pré-sal da Bacia de Santos.
O projeto prevê uma unidade com capacidade de produzir 180 mil barris de petróleo por dia (barris/dia) e potencial de extração de gás natural e envio para o mercado brasileiro.
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Com o sinal verde da Petrobras, segundo a diretora de exploração e produção da companhia, Sylvia Anjos, as áreas técnicas vão preparar o edital para a licitação da unidade, que deve ser realizada ainda este ano.
Anjos, em entrevista exclusiva ao Valor, contou que Búzios 12 será um hub de escoamento de gás natural de outras plataformas instaladas no campo (Búzios 8, 9, 10 e 11), cujos respectivos projetos não previam o processamento e o escoamento do gás natural para o continente.
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Projeto permitirá transporte de gás de outras quatro plataformas
A configuração dessas plataformas, somada à ausência de infraestrutura de escoamento, levou a Petrobras a reinjetar o gás natural nos poços.
A implantação de Búzios 12, agora, abre espaço para que o gás das outras quatro plataformas possam ser transportadas para terra.
Após o início de operação do gasoduto submarino Rota 3, a produção de gás que será concentrada no hub a partir de Búzios 12 permitirá que o gás natural seja levado para a unidade de processamento (UPGN) no Complexo Boaventura (ex-Gaslub), no Rio de Janeiro.
Plataforma vai ser licitada no modelo BOT
A plataforma deve ser licitada no modelo “build, operate and transfer” (BOT), modelo no qual a plataforma é construída e operada nos primeiros anos por uma empresa que será contratada pela Petrobras, e posteriormente é transferida para a companhia.
Até então, a Petrobras vinha adotando o modelo de afretamento de plataformas, no qual a empresa contrata uma companhia para construir um FPSO e o aluga por um prazo determinado à estatal – que fica responsável por operar a unidade.
A troca pelo “BOT” deve ser feita pela estatal para os próximos FPSOs devido à dificuldade de obtenção de financiamento para construção dessas unidades pelas afretadoras. Com o “BOT”, a Petrobras financia o projeto.
*Com informações do Valor Econômico