Política monetária do Brasil pressiona margens e atrasará expansão das empresas, diz Moody’s

O aumento dos juros no Brasil, a inflação persistente e a depreciação cambial maior pressionarão o fluxo de caixa e reduzirão a rentabilidade das empresas em 2025, limitando sua capacidade de cumprir obrigações financeiras, diz a Moody’s.

Os analistas liderados por Carolina Chimenti escrevem que o aumento do câmbio terá implicações maiores para empresas que dependem de um real forte para manter seu fluxo de caixa, além de terem grande parte de sua dívida denominada em dólares.

“Setores com alta alavancagem, como o imobiliário, serviços públicos e telecomunicações, são particularmente vulneráveis, porque geralmente dependem de financiamento baseado em dívida local significativo para manter suas operações e gastos de capital”, comentam.

A agência de classificação de riscos aponta que empresas como Azul, Usina Coruripe Açúcar e Álcool e Oceânica Engenharia e Consultoria fazem parte do grupo impactado mais diretamente.

Já companhias de infraestrutura têm alguma exposição ao aumento das taxas de juros, mas vários fatores mantêm o risco de crédito baixo para a maior parte de delas, como receita e dívida em dólar ou usam mecanismos para aliviar o risco cambial.

*Com informações do Valor Econômico

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