A operadora de serviços de logística Sequoia registrou prejuízo líquido de R$ 289,5 milhões no terceiro trimestre de 2024, crescimento de 22,5% na comparação anual.
A receita da companhia subiu 71,6% de julho a setembro, para R$ 216,6 milhões, beneficiada pela incorporação da Move3 no primeiro trimestre deste ano.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) foi negativo em R$ 179,5 milhões, perda 17,2% maior que no mesmo período do ano anterior.
Desde 2023, a Sequoia passa por uma operação de reestruturação de seu endividamento, com conversão de parte das dívidas em ações, e que culminou com um pedido de recuperação extrajudicial solicitado no fim de outubro.
Operacionalmente, a companhia afirma que reduziu seletivamente a atuação nos segmentos com menor retorno e encerrou contratos com margens baixas para clientes que não aceitaram renegociação.
A companhia registrou crescimento de custos de 42,4%, inferior ao crescimento da receita, por conta de rescisões contratuais, economia de folha de pagamento e desmobilização de parte dos centros de distribuição em 2024.
Na linha de despesas, o crescimento foi de 50,8%, impactado pelo reconhecimento de R$ 113,6 milhões em passivos em discussão administrativa ou judicial, como parte de um acordo com credores não financeiros.
Na nota do auditor, que acompanha o resultado, a EY informou que se absteve de conclusão da revisão das demonstrações trimestrais por conta do pedido de recuperação extrajudicial.
“Considerando a situação patrimonial e financeira e que a companhia e controlada estão ainda em fase de elaboração do plano de recuperação extrajudicial e que a continuidade operacional dependerá da aprovação e cumprimento do referido plano, não é possível determinar no estágio atual qual será o desfecho deste assunto, seus impactos sobre as informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas”, diz a negativa de opinião do auditor.
*Com informações do Valor Econômico
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