Presidente da Vibra (VBBR3) vê transição energética no Brasil via combustíveis antes de eletrificação
Ernesto Pousada acredita que o Brasil tem uma grande vantagem em relação ao potencial de aproveitar a matéria-prima orgânica para a geração de combustível e energia
O presidente da Vibra (VBBR3), Ernesto Pousada, afirmou nesta terça-feira (30), que vê a transição energética no Brasil acontecer de forma diferente na comparação com o restante do mundo.
O executivo mencionou que o Brasil tem uma grande vantagem em relação ao potencial de aproveitar a matéria-prima orgânica para a geração de combustível e energia.
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“O Brasil está muito bem posicionado e eu vejo um contorno muito diferente para a transição energética do Brasil em relação ao mundo. Temos aqui uma forte presença do etanol, então enxergamos os combustíveis líquidos ainda permanecendo por alguns anos no Brasil”, afirmou Pousada.
Segundo o executivo, a eletrificação acontecerá no país, mas será um processo que vai demorar aproximadamente 20 anos. Enquanto isso, o Brasil aproveitará a disponibilidade de combustíveis líquidos com pegada de emissões mais sustentável.
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Com relação à Vibra, Pousada mencionou que nos últimos anos a empresa investiu R$ 4 bilhões em ações de transição energética e aposta na premissa. Ele destacou a participação da Vibra em 50% na Comerc, geradora de energia, bem como a parceria recém-anunciada para a produção de metanol verde com a Inpasa.
De acordo com o executivo, a Vibra também deve investir R$ 100 milhões em bases na região Centro-Oeste para aumentar a exposição aos combustíveis renováveis.
Para Pousada, o processo de eletrificação acontecerá primeiro na região Sudeste, enquanto outras áreas do País continuarão a consumir combustíveis líquidos.
Quanto ao negócio de lubrificantes, o presidente da Vibra comentou que deve recuperar o protagonismo dentro do segmento e pretende expandir a divisão para a América Latina.
Com relação às lojas de conveniência, Pousada disse que vê oportunidades a partir da própria eletrificação, visto que o tempo de espera para realizar a recarga nos automóveis será maior na comparação com os combustíveis líquidos, o que pode movimentar a demanda natural por espaços semelhantes aos de lojas de conveniência.
Com informações do Estadão Conteúdo