Sob pressão com ‘Taxa das Blusinhas’, Shein prioriza expansão do marketplace no Brasil

Em meio à desaceleração das vendas de produtos internacionais após a “Taxa das Blusinhas”, a chinesa Shein quer fortalecer seu marketplace no Brasil

Em meio à desaceleração das vendas de produtos internacionais após a “Taxa das Blusinhas”, a chinesa Shein quer fortalecer seu marketplace no Brasil.

Segundo a companhia, a plataforma que vende produtos de outros lojistas já é responsável por 60% das vendas totais no país. Além disso, a Shein conta com 30 mil vendedores locais. A meta é que esse percentual chegue a 85% até o fim de 2026.

Segundo Felipe Feistler, diretor-geral da Shein no Brasil, o imposto de importação contribui para a priorização do marketplace, mas não é o único fator.

“Tem a questão da regionalização da moda e a proximidade com o mercado consumidor, o que faz os produtos chegarem mais rápido”, disse.

Queda de 30% nas transações

O fim da isenção de imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50, a partir de agosto do ano passado, provocou uma queda de cerca de 30% nas transações. Os dados são da Receita Federal.

Em dezembro, o Valor mostrou que a “taxação das blusinhas” resultou em uma redução de gastos de 43% na Shein.

Desde 2023 a empresa subsidia parte dos 17% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto é cobrado nas compras. Contudo, a Shein diz que não pretende aumentar esse percentual.

“A decisão de compra nem sempre é pautada pelo preço […] vemos produtos que, mesmo aumentando o imposto, não tiveram redução na demanda, porque não são encontrados no mercado nacional”, disse Feistler.

Mas o executivo reconhece que o imposto contribuiu para a migração da compra de alguns produtos da plataforma internacional para o marketplace, o que inclusive ajudou no crescimento do canal.

Brasil: prioridade da Shein

O Brasil é o único país em que a Shein opera com marketplace, e a expansão na região é a prioridade da empresa chinesa.

A partir deste ano, lojistas de Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo e Rio Grande do Sul podem vender na plataforma. Até então, o serviço estava disponível apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

Segundo a companhia, 75% dos produtos disponíveis na plataforma são produzidos localmente, e 85% dos itens de vestuário feminino, masculino e calçados já são fabricados no Brasil.

Com informações do Valor Econômico.

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