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Vale (VALE3) espera que acordo para reparar Mariana (MG) seja fechado até o fim do mês
O vice-presidente executivo de assuntos corporativos e institucionais da Vale (VALE3), Alexandre D’Ambrosio, confirmou nesta quinta-feira (13) que a mineradora espera que o acordo definitivo para a reparação da tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015, seja fechado até o fim de junho.
A negociação se relaciona aos efeitos do rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, em 5 de novembro de 2015, que deixou 19 mortos e um dos maiores passivos ambientais da história recente do país. A Vale divide o controle da Samarco com a BHP Billiton.
Na terça-feira (11), Samarco, Vale e BHP Billiton apresentaram proposta aos governos federal, estaduais (MG e ES) e outras entidades públicas que prevê o pagamento total de R$ 140 bilhões, sendo R$ 37 bilhões já desembolsados na reparação e compensação; R$ 82 bilhões que serão pagos em 20 anos ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios atingidos; e R$ 21 bilhões em obrigações a fazer. Entre essas obrigações, podem estar medidas como despoluir um rio ou fazer o reflorestamento de áreas, entre outras iniciativas.
“Esperamos que o acordo consiga ser resolvido até o final de junho. Temos a esperança que isso aconteça, que as partes cheguem a um entendimento até o fim de junho. Isso não significa que o acordo seria fechado até o fim de junho porque existe, depois, a construção dos documentos definitivos. Mas até o fim de junho, nós esperamos e desejamos que haja já um consenso”, disse D’Ambrosio, que participou do FII Priority Summit, que termina nesta quinta-feira (13) no Rio.
Segundo ele, depois desse consenso, “pode levar mais um mês” até a assinatura dos documentos.
D’Ambrosio afirmou que o acordo englobaria todos os termos e condições oferecidos, uma vez que a proposta financeira é “indissociável” dos termos e condições apresentados.
Nessas condições constam detalhes como quais são as obrigações de fazer, as obrigações a pagar, e quais obrigações são transferidas para o Estado. “E um detalhe importante é que todas as partes envolvidas precisam estar de acordo. Nós não vamos assinar um acordo que deixe alguém de fora”, afirmou o executivo.
Segundo ele, o acordo é “punitivo” para as empresas. “As empresas não celebram como vitória. Pelo contrário, é uma vitória dos atingidos, uma vitória da reparação. Para as empresas, é um investimento numa solução definitiva do problema, mas tendo em vista sobretudo as pessoas atingidas”, afirmou.
Com informações do Valor Econômico
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