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O sucesso de ‘Stranger Things’ pode impulsionar as ações da Netflix?
A quarta temporada de “Stranger Things” é a série em inglês mais popular da Netflix, ficando atrás apenas da coreana “Round 6” como a mais popular de todos os tempos da empresa de streaming.
Apesar do sucesso da série, o retorno do programa não é suficiente para curar o que aflige a Netflix.
O analista do banco de investimento Piper Sandler, Thomas Champion, avalia que quarta temporada de “Stranger Things” gerou 930 milhões de horas de visualização nos primeiros 28 dias de exibição na plataforma, perdendo apenas para as 1,65 bilhão de horas acumuladas na primeira temporada de “Round 6”.
Porém, o analista observa que o total de horas de exibição dos dez principais atuais programas na Netflix caiu cerca de 4% no segundo na comparação com o primeiro.
“‘Stranger Things’ pode estar proporcionando alívio de curto prazo à medida que o crescimento de assinantes diminui”, observa Champion.
As ações da Netflix caíram 70% este ano, pressionadas por uma queda inesperada no crescimento de assinantes. Com isso, o analista do banco continua cauteloso com as ações da companhia. Tanto que o Piper Sandler reiterou classificação neutra para a plataforma de streaming, mas cortou o preço-alvo para US$ 210, de US$ 293 anteriormente.
Embora a empresa de streaming ainda não tenha fornecido detalhes sobre como implementará a publicidade no serviço, Champion diz que vê potencial para US$ 1,4 bilhão em receita incremental e que a adição de uma camada baseada em anúncios seria “aumentativa para a audiência”.
Por outro lado, o analista relata que uma pesquisa com espectadores da Netflix apontou que apenas 10% estão usando contas fora de sua própria casa.
“Abaixo do que esperávamos. Continuamos a ver a Netflix como um negócio em transição. A oportunidade suportada por anúncios dá motivos para otimismo, mas levará tempo”, avalia.
As horas de visualização de conteúdos em inglês classificados como TV, que exclui filmes, cresceram 5% em relação ao último trimestre, mas as horas de TV em outros idiomas caíram 25%, diz o banco.
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